A briga política entre o atual prefeito Aleudo Benedito e o ex-prefeito Carlos Cecílio, vem mexendo com algo que é patrimônio nacional e orgulho dos sertanejos. Em especial dos Vaqueiros que são pouco reconhecidos pelas autoridades, embora tenha dado muita contribuição para o desenvolvimento do Sertão Nordestino. Estamos falando da famosa Missa do Vaqueiro do Sítio Lajes, área rural do Município de Serrita.
O mais novo capítulo dessa briga traz como pano de fundo o reconhecimento pelo Ministério do Turismo com certificado que inclui Serrita no Mapa do Turismo Brasileiro, a conquista é merecida e muito importante para o povo de toda região e principalmente porque faz justiça àqueles que acreditaram na força do homem vestido de couro e que corta a caatinga. No entanto, não prudente tentar apagar o nome de alguém de uma história.
O mundo inteiro sabe e principalmente os sertanejos de Pernambuco, que a Missa do Vaqueiro de Serrita foi idealizada pelo padre João Câncio. João Câncio se juntou ao cantor Luiz Gonzaga e ao fazendeiro Pedro Bandeira, juntos cobravam justiça e transformaram aquele momento numa grande manifestação da cultura Nordestina. Nasceu da indignação dos 3 amigos no Sítio Lajes, a famosa Missa do vaqueiro de Serrita.
No vídeo para divulgar a conquista do Município, é dito que a Missa do Vaqueiro foi criada por Luiz Gonzaga. Até aí está tudo certinho, o problema é a borracha. No mesmo vídeo apagaram o nome do padre João Câncio, excluíram ainda o de Pedro Bandeira. Não se faz isso com uma história tão linda de 3 amigos, que lutaram para que o homem da caatinga ganhasse reconhecimento perante as autoridades e não fossem objetos de disputa eleitoral.