O ministro da Defesa Israelense, Israel Katz, afirmou neste sábado, 14, que o Teerã, capital do Irã, “vai pegar fogo” e seus moradores pagarão caro se o país continuar com seus ataques com mísseis contra civis israelenses.
A ameaça ocorre um dia após o governo de Israel lançar o que chamou de “ataques preventivos” contra o Irã, em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio.
“O ditador iraniano está transformando os cidadãos do Irã em reféns e criando uma realidade na qual eles, especialmente os moradores de Teerã, pagarão um preço alto pelos danos criminosos causados aos civis israelenses” — disse Israel Katz.
“Se (o líder supremo do Irã, aiatolá Ali) Khamenei continuar a disparar mísseis contra a retaguarda israelense, Teerã irá queimar” — acrescentou.
Após décadas de inimizade, é a primeira vez que Israel e Irã trocam tiros com tanta intensidade, com temores de um conflito prolongado tomando conta da região.
O embaixador do Irã nas Nações Unidas disse que 78 pessoas foram mortas e 320 ficaram feridas na primeira onda de ataques de Israel na sexta-feira. O Irã pediu que seus cidadãos se unissem em defesa do país, enquanto o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu pediu que eles se rebelarem contra seu governo.
Os ataques levaram vários países da região a suspender temporariamente o tráfego aéreo, embora nesta manhã a Jordânia, Líbano e a Síria tenham reaberto seu espaço aéreo.
Questionado sobre quanto tempo a guerra duraria, o embaixador de Israel em Paris, Joshua Zarka, respondeu: “Algumas poucas semanas”. O conflito colocou em dúvida as negociações nucleares entre Irã e EUA planejadas para domingo no sultanato de Omã, no Golfo.
Após os primeiros ataques de sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu ao Irã que “fizesse um acordo”, acrescentando que os Estados Unidos “esperavam voltar à mesa de negociações”.