As primeiras mudanças na equipe ministerial do presidente Lula, indicando a tão esperada reforma pelos aliados, mostram que o mandatário, em seu terceiro governo, pretende dar à esplanada uma cara totalmente de esquerda. Algo parecido com o que fez Bolsonaro priorizando os militares do exército, o que causou insatisfação em muitos aliados do congresso e terminou contribuindo com sua derrota nas urnas em 2022.
O presidente Lula já sinalizou para aliados que vai promover uma pequena reforma ministerial, com isso conter insatisfação dentro de partidos aliados no Congresso e buscar melhorar sua imagem perante a opinião pública. As mudanças até então promovidas pelo presidente não causaram efeito satisfatório nem em aliados e muito menos na população. Lula mexeu em ministérios de sua cozinha, comunicação, saúde e articulação política.
Nas três mudanças efetuadas, o presidente colocou pessoas de sua relação pessoal, não agradou a nenhum partido que integra a base aliada no Congresso Nacional. Para alguns aliados de Lula, o presidente está cometendo o mesmo erro de seu antecessor, onde a prioridade é sua vontade e não a governabilidade. Resta saber se as próximas mudanças atenderão os caciques do congresso, ou permanecerão sendo conforme a vontade de Janja.
Lula ainda nem anunciou o nome de Boulos para um ministério e já conta com desaprovação de aliados, somando os nomes de Padilha, Gleisi e agora Boulos. Muitos aliados do Planalto analisam como sendo algo parecido com a vontade de Bolsonaro, ao empurrar de goela abaixo militares na esplanada dos ministérios. Líderes de partidos aliados esperam sinalização do presidente e aguardam os próximos anúncios na reforma ministerial.