Presidente do PSB denunciou perseguição petista à candidatura de Eduardo Campos ao Planalto
Por Peno.news
A então presidente Dilma Rousseff (PT) teria utilizado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar Eduardo Campos, em 2014, ano em que o político morreu em um acidente aéreo. Na época, o governador de Pernambuco vinha se preparando para disputar a Presidência da República. A denúncia foi feita pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, durante participação no podcast Direto de Brasília.
O cacique da sigla de Eduardo Campos revelou que o aspirante ao Palácio do Planalto enfrentava ameaças e sabotagens durante sua pré-candidatura. De acordo com Siqueira, o Partido dos Trabalhadores (PT) se sentia ameaçado com a candidatura de Campos e atuava para derrubar seu projeto político.
Historicamente aliado ao PT, Eduardo Campos rompeu com a sigla de Lula, e seu plano de chegar ao mais alto posto do Executivo, em 2014, irritou membros da alta cúpula da legenda comandada por Rui Falcão, na ocasião.
– A pré-candidatura dele saiu a fórceps, porque a presidente Dilma Rousseff interferiu tanto… – relatou Siqueira.
O presidente do PSB falou sobre a dura perseguição do governo Dilma e por “gente do PT” contra Eduardo Campos.
– Ele [Eduardo Campos] sofreu muitas ameaças, teve uma greve em Suape, Dilma botou um agente da Abin lá. As dificuldades políticas que passamos foram muito grandes, insufladas pelo governo Dilma e por gente do PT.
Após comandar o partido por quase 12 anos, Carlos Siqueira passará o bastão para o filho de Eduardo Campos, o prefeito do Recife, João Campos. A alternância de poder na legenda se dá em meio às constantes divergências na relação entre socialistas e petistas.