Na hora de construir ou reformar, a escolha do piso é uma das decisões mais importantes. É um investimento alto e uma base que vai durar anos, por isso ninguém quer errar. Um bom piso precisa ser mais do que bonito: ele tem que aguentar o tranco do dia a dia, ser fácil de limpar e, claro, valorizar o imóvel.
Nessa missão, o porcelanato se destaca como um verdadeiro campeão de escolha. Ele une a beleza de materiais nobres, como mármore e madeira, com uma resistência que poucos pisos conseguem oferecer. Com este guia prático, você vai entender o que realmente importa na hora de escolher o seu, sem complicação e sem dor de cabeça.
Entenda a diferença entre os acabamentos
Quando você for olhar os porcelanatos, vai ver principalmente três tipos de acabamento, e entender isso é o primeiro passo. Existe o polido, que é brilhante, espelhado. Ele é muito elegante, mas pode ser escorregadio quando molhado, então é melhor usá-lo em áreas secas como salas e quartos.
Depois tem o acetinado, que tem um acabamento fosco, sem brilho. Este é o mais indicado para a maioria dos casos, pois não escorrega tanto, disfarça melhor os riscos e manchas e é muito fácil de limpar, funcionando bem em qualquer cômodo.
Por último, tem o natural ou técnico, sendo o mais “bruto” e resistente de todos, ideal para garagens, áreas de serviço e varandas. Para a maioria das áreas internas da casa, o porcelanato acetinado é a escolha mais segura e versátil.
Diante dessas diferenças, vale a pena conferir as diferentes opções de porcelanatos disponíveis, comparando os acabamentos e suas aplicações. Assim, você consegue escolher com mais segurança o que faz sentido para cada ambiente da casa, unindo estética, funcionalidade e durabilidade.
Verifique o PEI e a resistência do piso
Você talvez já tenha ouvido falar em “PEI”. Essa sigla nada mais é do que um índice que mede a resistência do esmalte do piso ao desgaste do tráfego de pessoas. Em outras palavras, ele diz o quanto o piso aguenta o impacto dos passos antes de começar a riscar ou perder o desenho. A escala vai de 1 a 5, e a escolha depende do cômodo.
Para um quarto de casal, onde se anda mais descalço, um PEI 3 já dá conta do recado. Para salas, cozinhas e corredores, onde o movimento é maior, o ideal é procurar por um PEI 4. Já o PEI 5 é para tráfego pesado, como em lojas ou áreas externas. Ficar de olho nessa informação garante que seu piso continue bonito por muito mais tempo.
Escolha o tamanho certo da peça para seu cômodo
O tamanho do porcelanato influencia muito no resultado. Peças maiores, de grande formato, estão em alta e têm uma vantagem enorme: elas criam a sensação de que o ambiente é mais amplo. Além disso, um piso com peças grandes tem menos linhas de rejunte, o que deixa o visual mais limpo e moderno.
Outro ponto positivo é a limpeza. Peças maiores significam menos rejunte, o que facilita muito a limpeza e diminui o acúmulo de sujeira. Só é preciso ter atenção em cômodos muito pequenos, pois uma peça gigante pode gerar muitos recortes e desperdício de material. O ideal é encontrar um equilíbrio, mas, na dúvida, os formatos maiores costumam trazer mais benefícios.
Planeje a compra com uma margem de segurança
Essa é uma dica de profissional que pode te salvar de uma grande dor de cabeça no futuro. Nunca compre a quantidade exata de piso para a metragem do seu cômodo. É fundamental comprar uma sobra, que os especialistas chamam de margem de segurança, de pelo menos 10% a 15% a mais do que a área total.
Essa quantidade extra serve para cobrir as perdas com os recortes que o pedreiro precisa fazer nos cantos e também para eventuais quebras durante a instalação. Além disso, é essencial guardar algumas peças para futuras manutenções.
Tentar encontrar o mesmo lote de um porcelanato anos depois é uma missão quase impossível, então ter peças de reposição guardadas é uma garantia de tranquilidade.
Pense na cor do rejunte para o resultado
Muita gente não dá a devida importância, mas a cor do rejunte muda completamente a aparência do piso instalado. A escolha aqui depende do efeito que você quer criar. Se você usar um rejunte de cor bem próxima à do porcelanato, o resultado será um piso com aparência mais uniforme, como se fosse uma única peça.
Já um rejunte de cor contrastante vai destacar o formato de cada placa, criando um efeito de grade no chão. Para o dia a dia, uma dica prática é que rejuntes um pouco mais escuros, como o cinza, disfarçam melhor a sujeira do que o branco.
No fim das contas, escolher o porcelanato certo é fazer um investimento inteligente na sua casa. É optar por um piso que vai entregar beleza, praticidade e uma durabilidade que compensa cada centavo.
Com essas dicas em mãos, você não precisa mais ter medo das informações técnicas. Agora você sabe o que cada detalhe significa e como fazer a melhor escolha para cada ambiente do seu lar. É a certeza de que, ao final da obra, você terá um piso resistente, fácil de cuidar e com aparência de novo por muitos e muitos anos.