Facção utiliza táticas de guerrilha para enfrentar forças policiais
Fonte: CNN
Ao longo dos anos, o CV (Comando Vermelho) aprimorou o “arsenal de guerra” que utiliza nos confrontos contra a polícia e grupos rivais do Rio de Janeiro. Durante a megaoperação de terça-feira (28), a mais letal da história do Brasil, os integrantes da facção usaram armas fabricadas na Europa, tecnologias como drones, além de roupas camufladas.
As novas táticas nas “batalhas campais” e os armamentos usados mostram uma espécie de “escalada bélica”. Armas de uso das forças armadas de países da América do Sul foram encontradas entre os 91 fuzis apreendidos durante a ação policial.
Arsenal do CV
Entre as armas apreendidas, estão modelos da Venezuela, Argentina, Peru e Brasil. Os fuzis apreendidos são, em sua maioria, dos calibres 5.56 e 7.62, fabricados principalmente no Velho Continente. Segundo a Polícia Civil, muitos chegam ao Brasil por rotas que passam pelo Paraguai.
Índícios apontam que criminosos transportam apenas partes das armas e que completam os componentes com peças adquiridas legalmente pela internet.
De acordo com Paulo Storani, ex-capitão do Bope, hoje o CV tem acesso a armas como fuzis de modelo G3, uma arma considerada extremamente sofisticada.
Ainda segundo ele, são vistas em posse de integrantes da facção AKs-47, modelo de fuzil usado por exécitos europeus e da Venezuela, e FAls, tipo utilizado pelas forças armadas brasileiras.
Drones e roupas camufladas
De acordo com as forças de segurança, durante a megaoperação de terça-feira (28), faccionados do Comando Vermelho usaram drones para lançar granadas contra os agentes das forças de segurança.
Além disso, os equipamentos tecnológicos são usados pela facção para o monitoramento de ações policiais.
A denúncia do MPRJ, que serviu como ponte de partida para a operação, destaca como o crime tem se modernizado. De acordo com o documento, Carlos “Gardenal”, integrante do CV, era responsável por orientar a aquisição dos drones de vigilância.
Há, inclusive, trocas de mensagens entre ele e outro acusado de vulgo “Grandão”, sobre a utilização de drones de maior tecnologia para atenderem, por exemplo, monitoramento noturno.
“A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”, disse “Gardenal” em uma das mensagens.
Ainda como estratégia moderna, integrantes da facção carioca usam roupas camufladas durante as “guerras”.
“Japinha do CV”, uma criminosa considerada como “linha de frente”, morreu em confronto com a polícia com um tiro no rosto. Ela era uma das pessoas que usavam roupas caracterizadas para camuflagem.
Fuzis no Rio de Janeiro
Os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) apontam que, entre janeiro e setembro deste ano, foram apreendidos 593 fuzis no estado do Rio de Janeiro.
Esse é o maior número desde o início da série histórica, em 2007.
No mesmo período, foram recolhidos 1.471 fuzis em todo o país, sendo cerca de 40% no estado. Na média, de cada cinco fuzis apreendidos no Brasil, dois estão no Rio.
 Blog do Didi Galvão
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