Com fartura de pré-candidatos ao Senado a disputa pelo Governo de Pernambuco pode contar com mais de duas candidaturas competitivas em 2026
Todos os indicadores apontam para um possível confronto entre a Governadora Raquel Lyra (PSD) e o Prefeito do Recife João Campos (PSB), até esse momento não há nenhum fato que possa garantir uma terceira candidatura na disputa pelo Governo de Pernambuco em 2026. No entanto, há particularidades que podem alterar o cenário atual.
O Presidente Lula é parte interessada na eleição de Pernambuco em 2026, ele quer chegar à campanha com a tranquilidade de quem pode contar com palanques duplos no Estado. O Chefe do Executivo Nacional cogita interesse de disputar a reeleição ano que vem, portanto, seria ideal que em seu Estado natal ele não tivesse adversário.
Essa ideia de palanque duplo para beneficiar o Presidente Lula em sua tentativa de reeleição, pode despertar a ala ligada ao ex-presidente Bolsonaro a montar o próprio palanque. Nesse caso além do candidato a Governador, a chapa abre mais três vagas para sua composição. Levando em conta as três candidaturas, contando com as vagas de vice e de Senadores são 9 no total.
Lembrando que o Presidente Lula já deu várias declarações sobre a importância de eleger senadores alinhados com a esquerda, isso sugere que em Pernambuco Lula pode priorizar a reeleição de Humberto Costa. O PT de Lula vai ter tempo suficiente para analisar sobre apoio nas eleições de 2026, assim como pode ter a sua própria majoritária.
Outra situação necessária para se observar diz respeito ao futuro da ex-deputada Marília Arraes (SD), o nome dela aparece muito bem como pré-candidata ao Senado. Marília sempre defendeu o Presidente Lula e a política adotada pelo PT, isso a colocaria na lista das prioridades de Lula nas eleições de 2026 no Estado de Pernambuco.
O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, disse recentemente que seu partido não apoiará a reeleição de Lula e nenhum candidato do PT. Essa posição já anunciada por Paulinho servirá como divisor de águas para Marília, que vai entrar numa campanha sem defender Lula ou mudará de partido. A princípio Marília teria dois caminhos de volta, PSB ou PT.
Quem anda em situação consideravelmente confortável para disputar uma vaga de senador é a federação formada por União Brasil e Progressistas, seus principais líderes, Eduardo da Fonte e Miguel Coelho, pontua bem nos levantamentos já realizados. Os dois estão em lados opostos quando o assunto é apoio para Raquel e João, no entanto, eleição é só ano quem vem.
Quem pode levar vantagem nessa tentativa de polarização entre as alas da Governadora Raquel Lyra e do prefeito do Recife João Campos, é o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), com possibilidades de ficar com uma das vagas do Senado por conta da falta de entendimentos entre aliados de João Campos e de Raquel Lyra.