A tentativa frustrada de Silvinei Vasques ajudou Moraes e sua família

Editorial do domingo – O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, tentou fugir do Brasil pegando como rota o Paraguai.

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Governo do presidente Jair Bolsonaro, deu ao ministro Alexandre de Moraes tudo o que ele precisava para desviar a atenção da imprensa brasileira neste momento; o tema central de todos os noticiários era o possível envolvimento de Moraes e sua família com o banco Master.

Moraes foi indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ex-presidente Michel Temer. Temer chegou ao poder depois que a então presidente Dilma sofreu um impeachment; como mandatário, teve a oportunidade de indicar um nome para o STF. Considerado golpista pelo presidente Lula, Michel Temer indicou seu ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Moraes começou a ganhar a confiança dos aliados do presidente Lula em abril de 2020; na oportunidade, o ministro suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Teve início ali a guerra não declarada entre Moraes e Bolsonaro, que, por sinal, no exercício do cargo de Presidente da República, pediu o afastamento do ministro do STF.

Até aqui Alexandre de Moraes vinha sendo visto como o guardião da democracia brasileira, tomou decisões polêmicas e foi implacável com o propósito de ver Bolsonaro preso. Tudo o que foi feito por Moraes contra Bolsonaro e seus seguidores agradou e muito o presidente Lula. Agora Moraes tem outro desafio, que é mostrar ao PT que tem força suficiente para superar mais esse desafio.

O ministro Alexandre de Moraes vinha sendo o centro das atenções por conta de conversas que teve com o presidente do Banco Central, tudo por conta de que a esposa de Moraes foi contratada pelo Banco Master pela quantia atrativa de R$ 129 milhões de reais. O jornal O Globo publicou uma reportagem que revelou um contrato do Banco Master com a mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes.

Aí vem o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, um dos condenados por Moraes pela chamada tentativa de golpe de estado, e provoca uma fuga. Tudo que Moraes precisava neste exato momento: fatos novos para desviar a atenção da imprensa e, consequentemente, da Nação. Decreta a prisão de Silvinei, ainda provoca mais fatos novos, decretando prisão de outros envolvidos.

A última semana do ano promete ser bastante movimentada no centro do poder nacional, começando com deputados querendo fim do recesso parlamentar para investigar Moraes e sua família. Na terça-feira haverá uma audiência de acareação marcada por Toffoli. Além de Vorcaro e Aquino Santos, Toffoli também convocou o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Paulo Henrique Costa.

Há quem diga que Moraes já não tem mais serventia aos interesses do governo petista; por essa razão, não houve nenhuma manifestação pública do presidente Lula em defesa do ministro do STF. Lembrando que nos embates de Moraes com Bolsonaro e Trump, tanto os aliados quanto o próprio Lula saíram em defesa de Moraes. Agora há de se estranhar esse silêncio.

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