O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Estado de Pernambuco – SINDICOMBUSTÍVEIS PERNAMBUCO, entidade representativa da categoria de revendedores de combustíveis e lojas de conveniência no Estado, vem por meio deste externar sua preocupação e solicitar providências diante dos impactos diretos que a obra da Travessia Urbana do DNIT na BR-407, em Juazeiro/BA, na ponte que liga a Petrolina, poderá trazer. Tratase de uma intervenção que, caso não sejam adotadas medidas mitigadoras, poderá causar desabastecimento de combustíveis e sérios prejuízos à economia pernambucana, em especial na região do Sertão, em Petrolina e nos municípios circunvizinhos.
Embora a obra se localize no território baiano, seus reflexos se projetam de forma contundente sobre o lado pernambucano. Diante disso, solicitamos que o Superintendente Regional do DNIT em Pernambuco, Sr. Bruno Lezan Bittencourt, articule junto ao Superintendente do DNIT na Bahia a busca de uma solução viável, a fim de evitar maiores impactos econômicos, riscos de desabastecimento de combustíveis e prejuízos ao escoamento da produção de frutas do Vale do São Francisco, do lado de Petrolina.
Além disso, a região do Vale do São Francisco depende do fluxo contínuo dos caminhões-tanque, especialmente dos que acessam as bases secundárias de combustíveis localizadas em Juazeiro, fundamentais para garantir o abastecimento regular dos postos do Sertão pernambucano.
O escoamento da produção de frutas de Petrolina, destinadas em grande parte à exportação, sofrerá impactos significativos. Trata-se de um setor estratégico, que movimenta a economia local, gera milhares de empregos e projeta a região no cenário nacional e internacional. Qualquer restrição viária que dificulte a fluidez logística comprometerá não apenas a cadeia produtiva, mas também a competitividade do polo exportador.
Ressalta-se que o trajeto alternativo via Porto de Suape, já utilizado em algumas ocasiões pelos revendedores do Sertão, apresenta distância demasiadamente longa e tempo de deslocamento incompatível com a realidade operacional dos postos. O percurso de Petrolina a Recife demanda, em média, de 12 a 14 horas, o que inviabiliza uma logística contínua e eficiente, sobretudo porque a maioria dos postos da região não dispõe de tanques de grande capacidade de armazenagem.
Na prática, a operação local depende do equilíbrio entre o suprimento vindo de Suape e o apoio estratégico da base secundária de Juazeiro, que funciona como verdadeiro “pulmão” para manter os estoques. A eventual impossibilidade de utilização dessa base comprometerá a regularidade do abastecimento, criando sérios riscos de desabastecimento de combustíveis em diversos municípios do Sertão pernambucano.
O setor de combustíveis, essencial e estratégico para a movimentação da economia e arrecadação tributária, não pode sofrer descontinuidade. Por isso, solicitamos a análise e a viabilização de permissões especiais de tráfego para os caminhões-tanque envolvidos nas operações de combustíveis durante o período da obra, a fim de garantir a segurança energética e econômica da região.
Reiteramos, assim, que a obra é reconhecida como de interesse público e de grande relevância, mas suas consequências precisam ser mitigadas para que o desenvolvimento urbano não ocorra em prejuízo de setores vitais.
Na certeza da atenção de Vossas Senhorias, renovamos nossos protestos de estima e consideração e nos colocamos à disposição para colaborar na busca de soluções que assegurem o equilíbrio entre a execução da obra e a manutenção do abastecimento de combustíveis em Pernambuco.
Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniência do Estado de
Pernambuco