A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse, nesta segunda-feira (18), que a história de vida pública vivida por ela é um retrato do preconceito religioso contra evangélicos no país, especialmente daqueles que atuam como ativistas de direitos humanos.
A declaração ocorreu durante audiência pública que debate o Plano Nacional de Direitos Humanos, promovido pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, no momento em que debatedores falavam sobre enfrentamento à discriminação.
Damares Alves lembrou que a história de abuso sofrida por ela foi ridicularizada, sendo até tema de escola de samba no Carnaval, e que a partir desse episódio teve dificuldades de imprimir uma agenda propositiva no ministério.
“Eu ia para as mesas de debate como ativista de direitos humanos. Mas ia bem até que descobriam que eu era evangélica. Todo debate que eu promovia era imediatamente desqualificado. Eu era convidada a me retirar, como se crente não entendesse desse assunto”, protestou.
Para a parlamentar, faltam políticas públicas mais efetivas no enfrentamento ao preconceito por religião, e por outro lado há reforço do estigma por parte de órgãos de comunicação social.