Na lista de possíveis candidatos a uma das duas vagas para o Senado no pleito eleitoral de outubro de 2026, pelo menos 7 nomes são vistos com potencialidade em Pernambuco. Os líderes listados até esse momento tem suas qualidades individuais, além de se apresentarem chancelados por um partido que vai somar em favor do desempenho de uma majoritária. No entanto, há outros fatores que são levados em consideração.
Até essa data os nomes vistos com potencial para disputar uma vaga de Senador são: Humberto Costa (PT); Fernando Dueire (MDB); Miguel Coelho (União Brasil); Anderson Ferreira (PL); Eduardo da Fonte (PP); Marília Arraes (Solidariedade) e Silvio Costa Filho (Republicanos). Os dois primeiros estão no exercício do cargo e esperam oportunidade para tentar a renovação dos mandatos.
Silvio Costa Filho é deputado federal licenciado e está no cargo de ministro de Portos e Aeroportos do governo Lula, espera ser lembrado por João Campos para a composição de uma majoritária. No entanto, Silvio não tem espaço político no Estado. Seu partido pouco tem a oferecer dentro de uma aliança, o que lhe coloca entre os improváveis da lista para a disputa do mandato de Senador no pleito eleitoral de 2026.
Marília Arraes pontuou bem nos recentes levantamentos, o que pode dificultar suas pretensões é o fator partido. Solidariedade não tem muito que oferecer na composição de uma majoritária, além do mais a legenda anunciou que não apoiará a reeleição do presidente Lula ano que vem. Marília pensa diferente e diz que se comportará diferente de seu partido, assim como foi com Eduardo Campos e o PSB nas eleições do ano de 2014.
Fernando Dueire está no exercício do mandato, todavia se quer tem uma legenda para entrar em sua defesa. Dueire não tem grupo político e nem uma história na política, ganhou espaço após a renúncia do Senador Jarbas Vasconcelos. O mesmo até que conta com a simpatia de alguns prefeitos do Estado, sem que nenhum deles tenha feito algum manifesto público em defesa de sua reeleição nas eleições de 2026.
Anderson Ferreira foi prefeito de uma importante cidade da região metropolitana do Recife, saiu com ótima votação na disputa pelo Governo de Pernambuco em 2022. Além do mais na inevitável polarização nacional entre aliados de Lula e de Bolsonaro, ele é o herdeiro natural do eleitorado do ex-presidente em Pernambuco. Principal líder do PL no Estado, Anderson tem o que oferecer na composição de uma majoritária.
Humberto Costa está no segundo mandato de Senador, conta com a confiança de Lula e é o principal nome do PT em Pernambuco. Por essa razão é visto com potencial na disputa, ainda como prioridade para o fortalecimento do PT nacional. O que poderia atrapalhar seus planos, seria a necessidade de Lula para garantir apoios. Nesse caso o senador pernambucano, seria indicado pelo presidente para uma vaga no TCU (tribunal de Contas da União).
Eduardo da Fonte é o principal líder de um dos maiores partido de Pernambuco, ele vem trabalhando a ideia de entrar na disputa por uma vaga para o Senado. Eduardo da Fonte e seu partido fazem parte do bloco de apoio ao governo de Raquel Lyra, o que poderá adiar seu sonho é o fato de ter sido envolvido em escândalos. O processo envolvendo o deputado foi arquivado pelo STF, relembrar fatos causa prejuízos eleitorais.
Completando a lista dos 7 possíveis candidatos a uma das duas vagas para o Senado, vem o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho do União Brasil. Líder da legenda no estado e já tem a confirmação da nacional em seu favor, resta saber onde a Federação formada por União Brasil e PP vai está em 2026. Onde a Federação estiver indicará um nome para composição da majoritária, Miguel já foi ungido pelo presidente nacional da Federação.
Portanto, tem muita coisa que pode acontecer até a definição de nomes para composição das majoritárias em 2026. Pode até ser que o atual desenho não se confirme, ainda que a polarização nacional entre Lulistas e Bolsonaristas ganhe espaço em Pernambuco. Nesse caso a possível polarização entre Raquel e João, deixe de existir, com a entrada de uma terceira via e uma disputa a exemplo de 2006 e 2022 quando teve segundo turno.