Blog do Didi Galvão
Ações de apoio à apicultura realizadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) receberão R$ 15 milhões em novos investimentos. O projeto “Rede Nordeste de transição ecológica para apicultura e meliponicultora” foi um dos contemplados pela chamada pública Pró-Infra Centros Temáticos, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A iniciativa é realizada em parceria por meio de acordo de cooperação técnica com o Sergipe Parque Tecnológico (Sergipetec).
O resultado final da chamada pública da Finep foi publicado nessa terça-feira (22). O projeto está enquadrado na linha de pesquisa “Transição Ecológica” e prevê a formação de uma rede para realizar ações nos ramos de bioeconomia, inovação tecnológica, mudanças climáticas e geração de renda com foco na apicultura e meliponicultora em Sergipe e outros estados do Nordeste.
A formalização dessa rede contará com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura de Sergipe, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) e das universidades federais de Sergipe (UFS), do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Rural do Semi-Árido (UFERSA). O projeto terá duração de cinco anos e será gerenciado pelo Sergipetec, sob a coordenação técnica do engenheiro florestal Ronaldo Fernandes, analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf e representante da Companhia no Conselho Estadual de Apicultura e Meliponicultura de Sergipe.
Entre os objetivos principais, estão a rastreabilidade de produtos das abelhas, a produção biotecnológica de mudas apícolas, a criação de um modelo para estimar a produtividade de fragmentos florestais na caatinga e mata atlântica, a avaliação do impacto de defensivos agrícolas na cadeia produtiva e a construção de soluções para a transição ecológica no agronegócio na região de Sergipe, Bahia e Alagoas (Sealba).
Ronaldo Fernandes explica que, embora as abelhas sejam essenciais para a manutenção dos agroecossistemas e para a segurança alimentar, nos últimos anos vem ocorrendo o desaparecimento de enxames em vários países, ainda sem conclusões científicas sobre os motivos.
“No Brasil, em especial na região Nordeste, as abelhas são impactadas pelo avanço do desmatamento, principalmente bioma caatinga, e pelo avanço de monoculturas que utilizam como base defensivos químicos que podem impactar os enxames. Entender esse processo e propor soluções inovadoras e biotecnológicas de maneira a criar sinergia entre as atividades é uma das missões dessa rede que será coordenada pela Codevasf”, afirmou o engenheiro florestal.
A ação atende a uma prioridade do Governo Federal, que é o desenvolvimento sustentável com foco em redução de impactos climáticos. O projeto “Rede Nordeste de transição ecológica para apicultura e meliponicultora” será uma ferramenta para o desenvolvimento regional utilizando a bioeconomia para valorizar a preservação dos recursos naturais sem prejuízo ao crescimento socioeconômico.
A iniciativa também fortalece o desenvolvimento da Rota do Mel no estado de Sergipe. A ação do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional foi instituída em março deste ano e busca fazer impulsionar a cadeia produtiva da apicultura no estado, além de direcionar políticas públicas e investimentos para o setor.
Assessoria de Comunicação da Codevasf
