Blog do Didi Galvão
“É como se nós fossemos um território sem dono, não somos vistos por ninguém. Até essa data estamos sem ajuda e sem nenhuma resposta das autoridades, estamos bancando a manutenção do Perímetro por conta própria para que ele não entre em colapso. Nossa gente tira dinheiro praticamente de onde não tem, tudo para que as aulas não sejam interrompidas e a produção não seja perdida”, desabafa um agricultor do Projeto Zé Preá.
O Projeto Zé Preá, antigo Projeto Brígida, fica no município de Orocó, toda produção que sai de lá garante o sustento de muitas famílias e é essencial para impulsionar a economia da cidade e contribuir com o desenvolvimento da região. Segundo um dos líderes da luta em busca de melhoria para o Perímetro, o Presidente Lula virou as costas foi de vez para as famílias reassentadas nos Projetos de Irrigação que integram o Sistema Itaparica.
O agricultor manifestou decepção com o vereador Sandro Santos do PT, morador do Projeto e presidente do partido de Lula em Orocó. “Nós acreditávamos que o nosso companheiro e agora vereador, Sandro Santos estaria conosco nessa luta. Tudo leva a crer que não somos vistos nem por vereador, prefeito, deputados e senadores, governadora e muito menos pelo presidente”, reclama o líder do movimento.
“Já estamos há 9 meses bancando tudo e se não fosse nossa resistência, muita coisa não estaria funcionando diz o líder do movimento. Seria bom que nossos amigos políticos de Orocó percebam nossa luta, é só isso que queremos eles do nosso lado”, completou o agricultor. O mesmo lembra ainda que até as escolas estariam fechadas, alunos sendo prejudicados e colocando em risco o futuro das crianças do Perímetro Irrigado.
“Só gostaria de lembrar que não se trata de luta política, não podemos acusar um e defender outro, apenas por questões partidárias. Nossa luta é em defesa de nossas famílias e do nosso pedaço de chão, por isso chamamos a atenção de todas as autoridades daqui de Orocó e de fora também, independentemente de partido político ou se é do governo ou não. O que queremos é apoio para resolver esse problema”, pontuou o agricultor do Projeto.
