Primeiro livro de autora pernambucana destaca diversidade e inclusão na infância e adolescência

Publicação ‘O Mistério das Duas Cabeças’ de autoria da produtora executiva, curadora e roteirista Karina Galindo, será lançado, em agosto, em uma agenda itinerante em  várias regiões do Estado, como Recife, Caruaru e Garanhuns

No Brasil, estima-se que, todos os anos, milhões de crianças migram da infância para adolescência, um período que provoca mudanças físicas, emocionais e, claro, psicológicas. Segundo dados do IBGE, esse público, atualmente, no país, representa mais de 53 milhões de meninos e meninas. Diante disso, a produtora cultural, graduada em Gestão Cultural pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Karina Galindo, decidiu escrever um livro que traz a experiência pessoal da autora sobre as transformações que a nova fase provocou no seu  filho, Enzo Galindo Matoso, de 10 anos. A obra inédita, que ganhou o nome de “O Mistério das Duas Cabeças”,  será lançada em agosto, em várias Regiões de Desenvolvimento do Estado. Mais informações no www.instagram.com/omisteriodasduascabecas.

O livro, que traz capa impressa em braille, QRCode tátil e ilustrações de Cavani Rosas – artista pernambucano, conhecido por seu trabalho como escultor, gravador, desenhista e pintor, convida os leitores a embarcarem em uma jornada encantadora e introspectiva, e que transcende a literatura infantil, para tocar profundamente adultos e crianças. Com um enredo cheio de magia e sabedoria, Galindo utiliza a história do Príncipe Gustavo, nascido com duas cabeças, para explorar temas de autoaceitação, autoconhecimento e inclusão.

Situado no fictício Reino da Fantasia, onde todos podem votar e todos os habitantes são tratados igualmente, a história começa com a eleição dos líderes Nito e Irene. Quando o filho do casal real, o Príncipe Gustavo, nasce com uma anomalia física, o reino se vê diante de um grande mistério e desafio. A segunda cabeça do príncipe torna-se um símbolo das vozes internas e das lutas emocionais que todos enfrentam.

A trama é rica em personagens cativantes, como a Rainha Irene, que carrega um girassol para distribuir sorriso, e o Rei Nito, descrito como um líder simples e querido. A introdução de figuras como o Dragão Ânsia, que lança um feitiço no príncipe, e a Fada Tranquilidade, que oferece sabedoria através do “Livro Sabedoria da Vida”, amplia a dimensão fantástica do conto. 

“O livro aborda, de maneira lúdica e acessível, sobre a  importância de nós, crianças, adultos, jovens, idosos, a saber  ouvir com o  coração e encontrar o equilíbrio entre os desejos racionais e emocionais. O meu propósito é que, cada pessoa que ler esta obra, seja atravessado pela ideia da autoaceitação das próprias diferenças e as dos outros.  É mais que um conto infantil: é uma ferramenta terapêutica que promove autoconhecimento e empatia.  Se cada um colocar em prática a gente vai levar uma vida harmoniosa e plena” disse, emocionada, a autora.

O lançamento da publicação será  realizado dentro das comemorações da Semana da Pessoa com Deficiência, em Pernambuco. No Recife, o ato acontece dia 22,  na sede da Associação Pernambucana dos Cegos. Já no dia 26, é a vez da  Associação de Cegos de Caruaru sediar o evento; e por fim, dia 29, na Associação dos Deficientes Visuais do Agreste Meridional de Pernambuco, em Garanhuns. Os eventos serão sempre às 15h, e serão realizados com o apoio da Superintendência de Apoio a Pessoas com  Deficiência (SEAD).  Os lançamentos do trabalho ocorrerão com acessibilidade comunicacional (audiodescrição, libras e braille). 

Este projeto tornou-se acessível por conta dos apoios complementares do Sistema de Incentivo à Cultura (SIC), da Prefeitura do Recife e da Secult, do Governo de Pernambuco, através  da  Lei Paulo Gustavo.

KARINA GALINDO – Nasceu no Recife em 1974. Aos 9 anos, estreou no teatro como atriz na peça Sábado em 30. Pós-graduada em Gestão Cultural pela UFBA, atua na área de audiovisual como produtora, roteirista e curadora. Ama escrever e já se expressou em crônicas, versos e poesias que a autora ainda não publicou. Já elaborou incontáveis projetos culturais que a tornaram uma produtora executiva internacional. Depois que se tornou mãe, aos 39 anos, passou a se dedicar ao filho, e teve a oportunidade de mergulhar de cabeça no mundo mágico infantil, através do olhar da criança. A experiência da maternidade despertou nela o desejo de escrever livros infantis.

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