Blog do Didi Galvão
A algo ainda a ser revelado nessas apurações da Policia Federal sobre a tentativa de golpe de estado no Brasil, a própria PF diz que a operação para identificar os responsáveis pelo plano dura ao menos 2 anos. Estamos no mês de novembro 2024 isso quer dizer que a operação teve inicio logo após a eleição de 2022, com isso a própria PF deveria ter elementos suficiente para impedir que os atos de 8 de janeiro de 2023 acontecessem.
O relatório final dessa operação que durou quase 2 anos foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal com o indiciamento de 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Entre os envolvidos e apontados como peças importantes da trama estão Bolsonaro e Braga Netto, eles formaram chapa presidencial no pleito de 2022.
As provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente ‘autorizadas pelo poder Judiciário’. As autoridades sabiam que algo estava acontecendo, assim que terminou o pleito eleitoral de 2022 com a realização do 2º turno em 30 de outubro.
No relatório a PF indica Bolsonaro e Braga Netto como os principais líderes do plano para matar Lula, Alckmin e Moraes, sendo esses os maiorais da tentativa de golpe de estado. Tudo isso nos leva a crer que a PF desarticulou uma organização criminosa, inclusive apontando nomes de integrantes. Aí vem a clássica pergunta: “Se a Policia Federal tem provas para incriminar Bolsonaro e Braga Netto, porque eles na condição de lideres estão soltos?”
