O ex-senador Romero Jucá também foi indiciado; acusação é de receberem propina de cerca de R$ 20 mi para facilitar no Congresso Nacional pautas favoráveis ao antigo grupo Hypermarcas, hoje Hypera Pharma
A Polícia Federal indiciou os senadores Eduardo Braga (AM), líder do MDB no Senado, e Renan Calheiros (MDB-AL) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, informou nesta sexta-feira o UOL. O ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) também foi indiciado.
A acusação é de receberem pagamentos de propina para facilitar no Congresso Nacional pautas favoráveis ao antigo grupo Hypermarcas, hoje Hypera Pharma (HYPE3), do ramo farmacêutico.
A suspeita é que a Hypermarcas teria pago cerca de R$ 20 milhões para os senadores, por intermédio do empresário Milton Lyra, apontado pela PF como lobista intermediário do MDB.
A reportagem lembra que o caso já tem seis anos de tramitação e que o relatório final do inquérito foi enviado sob sigilo pela PF no mês passado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do processo, ministro Edson Fachin, encaminhou o material à Procuradoria-Geral da República e a equipe do procurador-geral, Paulo Gonet, está analisando o material para decidir se apresenta ou não denúncia contra os senadores.
Eduardo Braga é atualmente o relator da reforma tributária no Senado e Calheiros é pai de Renan Filho (MDB-AL), ministro dos Transportes do governo Lula.
A Hypera Pharma disse em comunicado que finalizou em 2020 apurações internas sobre irregularidades ocorridas entre 2013 e 2015. O assunto foi concluído mediante a celebração de acordo de leniência em 2022.