Petrolina teve de disputa com diferença mínima de votos a vantagem considerada estratosférica

A primeira eleição municipal após a redemocratização do País foi em 1988, no mesmo ano aconteceu a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil. Petrolina município encravado em pleno sertão pernambucano, pode se dizer que é um exemplo de prosperidade. No município as disputas costumam ganhar contornos diferenciados, com diferença de votos de um candidato para outro que chega a mexer com os nervos de muita gente.

Em 1988 a disputa em Petrolina foi entre a experiência contra o novato, Diniz Cavalcanti já tinha sido prefeito de 1977 a 1982. Fez uma exitosa administração, com obras muito importantes, a exemplo do viaduto do barranqueiro e o Centro de Abastecimento de Produtos Agrícolas. Já Guilherme Coelho era a ‘carta que Dr. Osvaldo dizia ter na manga’, a aposta deu certo e o recém-formado em agronomia venceu a eleição.

A primeira administração de Guilherme Coelho até que não foi ruim, só que ele foi mais que audacioso na escolha de seu sucessor. Em 1992 colocou o primo Henrique Cruz para ser candidato, Fernando Bezerra Coelho enxergou uma possiblidade. FBC entrou em campo e foi para a disputa, naquele ano aconteceu a mais acirrada disputada política de todas elas na terra dos impossíveis. Fernando venceu o governista, a diferença foi de apenas 227 votos.

Guilherme e Diniz voltam a se enfrentar em 1996, outra vez melhor para Guilherme. Em 2000 era o primeiro ano de reeleição para prefeitos, como Fernando já estava pronto para a disputa. Guilherme abriu mão da reeleição e colocou o primo Luiz Eduardo Coelho, Fernando passou na eleição como um trator, arrasou o adversário impondo derrota com quase 30 mil votos de frente. Nessa eleição Gonzaga Patriota entra em campo pela primeira vez.

Se em 1992 aconteceu a vitória de um candidato com a menor diferença de votos, em 2020 foi a eleição onde o prefeito foi reeleito e aplicou uma goleada de votos em cima dos adversários. Miguel Coelho saiu de uma eleição apertada em 2016 para uma reeleição folgada em 2020, com 121.300 mil votos que representa 76,19% do total de 159.208 dos votos válidos apurados. Enquanto o pai FBC foi protagonista da menor diferença em 1992, o filho Miguel foi responsável pela maior diferença de votos numa eleição para prefeito de Petrolina.

Petrolina tem atualmente 414.083 mil habitantes segundo estimativa do IBGE, sendo o maior colégio eleitoral do sertão com 238.609 mil eleitores. A eleição deste ano promete ser uma daquelas acirradas, com potenciais candidatos na busca por votos. Se um dos candidatos não alcançar 50% mais 1 dos votos válidos, a eleição de Petrolina poderá ser decidida em 2º turno. Pelo menos uma candidata e 3 candidatos, estão na corrida por votos e seguros da vitória em 6 de outubro.

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