Chega a ser no mínimo incompreensível essa falta d’água na cidade de Petrolina, não apenas pelo fato de estar à beira do Velho Chico, mas sim por sua capacidade de desenvolvimento. Tudo alcança evolução em Petrolina, menos a Compesa. A cidade amanheceu a sexta-feira (25/04) sem um pingo de água nas torneiras de vários bairros, lembrando que o líquido faltou na manhã do dia anterior.
Alguém tem por obrigação assumir a responsabilidade, a direção local da Compesa tem que se explicar e pedir desculpas à população. Esse é o comportamento adequado num país civilizado, uma vez que essa situação causou prejuízos a muita gente. Uma cidade como essa e tantas outras na beira do rio, ficar mais de 24 horas sem água nas torneiras deveria, no mínimo, ser considerado crime.
Tudo isso nos remete aos tempos dos coronéis nos municípios espalhados pelo Sertão, quando era colocado um chafariz em certa comunidade e uma capanga ficava controlando a distribuição da água para os moradores. Nesse tempo, a grande obra de um vereador era pedir ao coronel que instalasse um chafariz em sua comunidade, assim ele teria o controle na distribuição da água para aqueles moradores.
Ao ver as pessoas sentadas nas calçadas à espera de que uma torneira em posição baixa pingue uma gota d’água, mergulhamos no tempo e, pelo retrovisor da história, enxergamos os velhos coronéis na imagem da Compesa. Que tudo isso seja apenas um pesadelo, pois o sonho de ter água nas torneiras ainda está longe de ser realizado. No entanto, alimentamos a esperança de termos uma Compesa cumprindo sua função.