Além de mais de 30 mil procedimentos realizados em todo o país, Ministério da Saúde anuncia série de medidas, como técnica inovadora que contribui para reduzir tempo entre doação e transplante e risco de rejeição
O Brasil registrou em 2024 um recorde histórico de transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 30 mil procedimentos — aumento de 18% em relação a 2022. Pernambuco teve participação nesse avanço, com 1.654 transplantes ao longo do ano. Entre os principais procedimentos realizados no estado estão os de tecidos e órgãos como córnea (837), rim (374), fígado (119) e medula óssea (286), conforme balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (4), em Brasília.
Na ocasião, a pasta anunciou, ainda, uma série de medidas que visam modernizar o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), tornando-o cada vez mais eficiente e seguro. Entre elas, estão a oferta da Prova Cruzada Virtual para a rede pública de saúde de todo o país e a reorganização das regiões dentre as quais os órgãos são alocados. Ambas vão contribuir para que haja mais agilidade na distribuição dos órgãos.
Além de avanços – como a oferta inédita de transplante de intestino delgado e multivisceral no SUS e o uso de membrana amniótica para tratar queimaduras -, a pasta também anunciou o novo Programa de Qualidade em Doação para Transplante (PRODOT), que vai capacitar os profissionais de saúde no acolhimento dos familiares, o que poderá reduzir a negativa de autorização, aumentando o número de doações. Em 2024, 55% das 4,9 mil famílias entrevistadas autorizaram a doação de órgãos de seus entes. Já o número de doadores efetivos passou de 4 mil.