Blog do Didi Galvão
Num País onde a honestidade é regra na politica e o povo tem tanta confiança em seus representantes em cargo eletivos, a cada dia que passa vai tendo cada vez mais orgulho de cada um dos ocupantes das Câmaras de Vereadores, Prefeituras Municipais, Assembleias Legislativas, Governos Estaduais, Câmara Federal, Senado da República e Presidente da Nação. Essa seria a definição exata, se levarmos em consideração as decisões da justiça.
Nesta quinta-feira (20), Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todos os atos praticados em procedimentos penais instaurados contra o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, no âmbito da operação Lava Jato. O ministro se baseou em entendimento de que foi ilegal a atuação do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) e do Ministério Público Federal na condução dos processos.
A justiça brasileira já anulou provas contra outros personagens da Lava Jato, entre eles Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, Delúbio Soares, Luiz Fernando Pezão, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e Henrique Alves. Antonio Palocci é apenas mais um dos que foram prejudicados por atos combinados do juiz federal Sérgio Moro e os integrantes do Ministério Público Federal. Segundo Dias Toffoli, o juiz foi parcial.
A pergunta que se faz em tempos atuais é: As investigações realizadas até então sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, apontam o ex-presidente Jair Bolsonaro como alguém de alta periculosidade a ponto de tramar golpe de estado e tentativa de homicídio contra autoridades. A PGR já decidiu pela denúncia contra o ex-presidente, sendo ele julgado e possivelmente condenado terá mais adiante a condenação anulada?
Outra pergunta que deve ser feita diante de tantas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) é: quanto ao que pode acontecer com o juiz que é considerado parcial em suas decisões? Outra pergunta que segue entendimento das anteriores: qual o próximo politico a ser santificado pela Suprema Corte? Na decisão de Toffoli em favor de Palocci, não implica a nulidade do acordo de colaboração firmado pelo ex-ministro.
