No dia 7 de Setembro de 2021, o então Presidente da República Jair Bolsonaro, discursou em ato público realizado na Avenida Paulista. Na oportunidade, Bolsonaro disse que não cumpriria mais as decisões de Alexandre de Moraes. A guerra estava declarada; à época, Moraes não podia fazer nada contra o então mandatário nº 1 da Nação. Agora é Bolsonaro na condição de ex-presidente e Moraes continua sendo ministro. Até então, Moraes tem adotado medidas em demonstração de que não esqueceu as ofensas.
“Ou esse ministro [Alexandre de Moraes] se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas, turve a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha. Deixe de oprimir o povo brasileiro, deixe de censurar o seu povo. Mais do que isso, nós devemos, sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade“, discursou Bolsonaro.
A guerra entre Bolsonaro e Moraes teve início em abril do ano de 2020; na oportunidade, o ministro do STF suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. Aí foi só o começo. Em agosto do ano de 2021, o então presidente Bolsonaro envia ao Senado pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. 5 dias depois da apresentação do pedido, o então presidente do Senado Rodrigo Pacheco anunciou que estaria rejeitando e arquivando o processo.
O tempo foi passando e, desde que Bolsonaro deixou a Presidência da República, vem enfrentando investidas de Moraes; o ministro da Suprema Corte conta com apoio da maioria de seus colegas. Até aqui tomou decisões que aos poucos foram isolando Bolsonaro, praticamente proibiu manifestações e deixou muitos dos principais apoiadores do ex-presidente em situação limitada. Neste sábado, 22 de novembro de 2025, Moraes toma a decisão que já vinha sendo ensaiada há bastante tempo. Pela vontade do Supremo ministro, Bolsonaro está preso.
Blog do Didi Galvão

