É no momento de crise que temos a oportunidade de melhorarmos nossos relacionamentos, ao mesmo tempo em que exercitamos na prática nossa capacidade de ser solidário. A crise nos transporta para um ambiente onde todos são iguais, com o propósito de juntarmos esforços para encontrarmos a solução de um problema comum.
Nosso problema é quando ao longo dos tempos nos colocamos na condição de superioridade, perante aqueles que a princípio pode nos ajudar em determinadas etapas da vida. Não é bom quando achamos que não precisamos de ninguém que está ao nosso lado, então vem a crise e descobrimos que a nossa forma individual de ser nos transporta para o mundo do isolamento.
Em Pernambuco há vários consórcios formados para fortalecer municípios na luta por algo que é de interesse de muitos, não importa a capacidade econômica de um município e nem o tamanho geográfico ou de sua população. A experiência tem mostrado que a ideia dos consórcios deu certo, perdeu quem achou que é tão autossuficiente que não precisa de ninguém.
Aí vem a crise do tarifaço do governo Norte Americano, o Vale do São Francisco tem muito a perder. A preocupação deve ser de todos, nesse momento a região precisa de um líder. É nessa hora que se descobre o quanto os consórcios tem sua importância, assim como não vale a pena posição de individualismo por conta de sua “capacidade econômica”.
Petrolina optou por não fazer parte de consórcios, com a crise Petrolina descobriu que é quem mais precisa da força coletiva dos consórcios. Que os consórcios de todo sertão de Pernambuco, Araripe, São Francisco, Central, Moxotó, Pajeú e de Itaparica, estejam juntos para encontrar a solução de um problema que não é apenas de Petrolina.