Há exatos dez anos, na manhã de 13 de agosto de 2014, o Brasil foi surpreendido por uma triste notícia: o candidato à Presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, morreu em um trágico acidente aéreo em Santos, no litoral de São Paulo. Aos 49 anos, o político pernambucano era considerado uma das grandes promessas da política nacional.
Em mensagem publicada no X, nesta terça-feira (13), o presidente Lula homenageou Campos: “minha relação com Eduardo Campos ia muito além da política. Eu o conheci ainda jovem, por intermédio do avô Miguel Arraes, e tive a oportunidade de conviver com sua mãe, sua mulher e seus filhos. Eduardo fazia política sem ódio. Herdou do avô o gosto pela negociação, a sensibilidade social e a habilidade para unir as pessoas. Nossa parceria no meu segundo mandato foi a das mais fortes que já tive com um governador, e levou desenvolvimento para Pernambuco. Mais do que uma respeitada liderança pernambucana e nordestina, se tornou uma referência nacional“.
“Infelizmente, ele nos deixou muito cedo, privando o Brasil de um de seus homens públicos mais preparados, uma pessoa que eu via como um futuro presidente da República. Nos dez anos de sua morte, o legado de Eduardo Campos continua vivo, em especial nos seus filhos, que com ele aprenderam desde pequenos a importância da política“, concluiu.
O ACIDENTE
Era manhã de quarta-feira, 13 de agosto de 2014. Chovia em Santos, e as temperaturas estavam abaixo do habitual para a cidade no litoral paulista. Há dez anos, esse era o cenário no momento da queda do avião ocupado por Eduardo Campos, então candidato à presidência. O acidente resultou na morte do político e de outros seis tripulantes, além de ter destruído casas e empreendimentos ao redor.
A aeronave Cessna 560XL Citation Excel, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, em Guarujá (SP). O avião caiu em um terreno baldio, cercado por comércios e prédios residenciais, no bairro Boqueirão, em Santos.
Em um primeiro momento, moradores que ouviram o barulho da explosão começaram a especular e criar teorias sobre o que teria acontecido. Enquanto isso, a poucos quilômetros de distância do ponto de impacto, a informação era de que a aeronave com o candidato à presidência havia acabado de arremeter [abortar a aterrissagem] em Guarujá devido ao mau tempo.
Pouco tempo depois da arremetida, a aeronave perdeu o contato com o controle de tráfego aéreo. Depois disso, não demorou muito para a confirmação: Havia caído o avião que transportava Eduardo Campos.