O último dia da Praça dos Poetas – Espaço Manuca Almeida, dentro do Festival Juá Literária – Um Rio de Letras, foi marcado pela ludicidade, pelo afeto e pela celebração da literatura para o público infantil. A programação deste sábado (25) contou com a apresentação especial de Sálua Chequer e Igor Reis, o carismático Zé Livrório, e a participação da pedagoga Kalypsa Brito, encerrando o espaço com poesia, música, reflexão e muita interação com as crianças.
Toalha Tem História: parlendas, rimas e imaginação
A programação ganhou ritmo logo de início com o espetáculo “Toalha Tem História”, apresentado por Sálua Chequer e Igor Reis, que vieram de Salvador (BA) exclusivamente para o Juá Literária. A dupla trouxe parlendas, trava-línguas, brincadeiras rimadas e canções que fizeram as crianças participarem do começo ao fim.
“A gente brinca com a criançada de rimar, cantar histórias e trava-língua. Isso envolve, diverte e forma. É uma satisfação enorme participar dessa feira, que entende a importância da infância e do futuro dos leitores. Viemos exclusivamente para o Juá Literária, passando por Juremal e Carnaíba do Sertão, e agora fechamos esse ciclo aqui em Juazeiro com muita alegria”, destacaram os artistas.
Zé Livrório e o encanto da palavra
O espaço também recebeu estudantes de escolas municipais, que mergulharam em histórias, cantorias e momentos especiais de aproximação com o universo literário ao lado de Zé Livrório. Entre eles estava Luane da Silva Nunes, da Escola Municipal Mandacaru, no bairro Jardim Primavera. Sorrindo e empolgada, ela resumiu a experiência. “Eu achei bem legal porque reviveu músicas antigas, e elas são muito legais também. Tinha a do Saci, que eu adorei. Eu amei o evento e comprei livros, alguns de atividade e outros de pintar.”
Kalypsa Brito: literatura afro, identidade e pertencimento
Encerrando as apresentações do dia, a pedagoga Kalypsa Brito trouxe reflexões sensíveis sobre literatura afro para crianças, destacando o papel da arte na reconstrução de narrativas, no fortalecimento das identidades e na valorização das histórias do território. Sua fala reforçou a importância da representatividade no imaginário infantil, formando leitores conscientes de suas raízes e memórias.
Neste último dia, a Praça dos Poetas reafirmou seu papel no festival: ser o espaço da palavra que acolhe, brinca, emociona e educa. Sob o legado de Manuca Almeida, a programação voltada para crianças e jovens mostrou que formar leitores é também formar identidade, memória e futuro.
Blog do Didi Galvão

