Mosana Alegria; por Carlos Laerte

Hoje, passados 7 dias da partida de Mosana Cavalcanti, permanece em nós uma dor que vai virando saudade, uma lágrima que se converte em sorriso.

Ser de luz, força e coragem, essa morena cativante que conheci em Cabrobó, ainda na adolescência, vai ficar mesmo na nossa lembrança pela alegria de viver com autenticidade.

Feito ave cantante deste belo e seco sertão, ela tangia notas pra dentro da gente, como se os riachos corressem para um grande rio e todos os rios para um único mar; o inevitável oceano das incertezas humanas.

E, inspirada pelas águas do Velho Chico, Mosana seguiu levando acolhimento, visibilidade e dignidade às lutas que acreditava.

Uma mulher que botava fé em tudo que fazia. Nem mesmo a violência cruel de um assalto que lhe tirou os movimentos, deixando-a paraplégica, apagou o brilho do seu caminhar.

Sublimou a dor, fazendo da amizade e solidariedade, ferramentas para a transformação de causas, a exemplo da acessibilidade e inclusão social.

Mosana não vai ficar em nossa memória somente pela mansidão e lealdade de gestos despretensiosos e sorridentes.

Onde quer que nossos filhos estejam, certamente seu legado estará vivo como uma pulsante referência na luta em defesa dos direitos das pessoas com deficiência e à construção de cidades mais acessíveis em Pernambuco.

Definitivamente, herdamos de Mosana Cavalcanti, além da ternura nos gestos, a alegria e a beleza do mesmo sorriso, que Deus nos quer sorrindo.

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