Ministro das Comunicações deixa o cargo após pressão política e a promessa de Lula de afastá-lo em caso de denúncia formal
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), decidiu pedir demissão do cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares durante seu mandato como deputado federal.
A decisão foi articulada durante um almoço reservado nesta terça-feira (8), em Brasília, que contou com a presença da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e lideranças do União Brasil, na residência do presidente do partido, Antonio Rueda, conforme informações do portal Metrópoles.
Embora o encontro já estivesse agendado antes da denúncia vir à tona, ele acabou se tornando o palco para a definição política que culminou na saída de Juscelino.
Segundo relatos, Gleisi Hoffmann sinalizou que o governo preferia que o ministro entregasse sua carta de demissão, evitando o desgaste político de uma exoneração direta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A interlocutores, o próprio Lula já havia indicado que afastaria Juscelino caso a denúncia da PGR fosse formalizada e aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).