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Lula escolhe deputada Macaé Evaristo para assumir Ministério dos Direitos Humanos

Lula anunciou nesta segunda-feira (9) que convidou Macaé Evaristo, primeira mulher negra a ser secretária de Educação de Minais Gerais, para assumir o comando da pasta, vitrine das políticas sociais do presidente

A deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG), com trajetória na educação pública, será a nova ministra dos Direitos Humanos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a demissão de Silvio Almeida, acusado de assédio sexual. Lula anunciou nesta segunda-feira (9) pela rede social Bluesky que convidou Macaé Evaristo, primeira mulher negra a ser secretária de Educação de Minais Gerais, para assumir o comando da pasta, vitrine das políticas sociais do presidente.

Macaé aceitou. “Assinarei em breve sua nomeação”, escreveuLula em uma breve mensagem, ilustrada com uma foto na qual ele aparece ao lado da deputada estadual. O governo Lula enfrenta o escândalo mais grave desde que tomou posse, em janeiro de 2023. Considerado um dos principais intelectuais do país, Silvio Almeida foi demitido na sexta-feira (6) da chefia do Ministério dos Direitos Humanos, menos de 24 horas após ser acusado publicamente de assédio sexual.

Segundo a ONG Me Too Brasil, várias mulheres denunciaram Almeida, um advogado e professor universitário de 48 anos, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O agora ex-ministro nega as acusações. Doutoranda em educação, a deputada estadual Macaé Evaristo foi a primeiro mulher negra a ocupar a secretária dessa área em Minas Gerais e tem uma trajetória de defesa da educação pública.

Diário Oficial

A nomeação da deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) para o comando do Ministério dos Direitos Humanos será publicada ainda nesta segunda-feira (9), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), afirmou a Secretaria de Comunicação Social (Secom). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou nesta tarde a parlamentar para ocupar o cargo na pasta.

O Ministério dos Direitos Humanos está hoje sob chefia interina de Esther Dweck, que também lidera o Ministério da Gestão. Ela acumulou as duas funções depois de Silvio Almeida ser demitido na sexta-feira (6), após virem à tona acusações de assédio sexual contra ele feitas à ONG Me Too Brasil – ele nega. Entre as vítimas de assédio estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Com a oficialização da nomeação de Macaé nesta segunda-feira, Dweck manterá apenas o comando da Gestão. Também foram especuladas para o posto dos Direitos Humanos a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e a ex-ministra Nilma Lino Gomes.

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