O deputado Joel da Harpa, do PL, criticou, nesta terça, o Sintepe, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, por ter manifestado preocupação com os chamados “intervalos bíblicos” nas escolas públicas estaduais. Segundo o parlamentar, a entidade sindical abordou o assunto durante uma reunião no Ministério Público de Pernambuco, que tratava do ensino religioso.
Na opinião do deputado, uma possível proibição ao “intervalo bíblico” fere o direito dos cidadãos à liberdade religiosa. Isso porque, como ele explicou, a prática é o encontro voluntário de jovens para expressar sua fé, durante o recreio. “É bem melhor que esses adolescentes estejam se reunindo para cultuar, para praticar a sua fé de que cometendo o consumo de drogas.”
Já Dani Portela, do PSOL, ponderou que “o Sintepe somente compartilhou denúncia recebida pela entidade, não tendo se posicionado no sentido de que sejam proibidas as práticas”. Doriel Barros, do PT, criticou o discurso de Joel da Harpa. “Queria lamentar a fala do deputado que faz uma acusação ao sindicato dos professores que não tem sustentação e nem base legal e que, portanto, usa a tribuna com o intuito de falar para um eleitorado e tentando se promover em cima de um fato que não é aquele que ele destacou aqui.”
Adalto Santos, do PP, por sua vez, endossou as palavras de Joel da Harpa, mas disse crer na prudência e na isenção do Ministério Público. Para Abimael Santos, do PL, a preocupação do sindicato representaria “preconceito religioso”.
Coronel Alberto Feitosa, do PL, fez críticas ao Governo Federal pela gestão na área da saúde. O parlamentar repercutiu uma pesquisa realizada no último mês pela Confederação Nacional dos Municípios, que apontou a falta de vacinas em 64,7% dos municípios brasileiros. Ele responsabilizou o Ministério da Saúde por não fazer a distribuição adequada dos imunizantes e cobrou ações sobre o caso de seis pacientes que foram infectados pelo vírus HIV após receberem transplantes de órgãos, no Rio de Janeiro.
Feitosa também criticou o crescente aumento nos casos de dengue no País e questionou o corte de verbas federais para campanhas de prevenção a arboviroses. “Vai aqui o meu total repúdio à ministra Nísia Trindade, o meu total repúdio ao presidente declarado Lula, com relação à preocupação, ao zelo com a saúde dos brasileiros.”
O deputado ainda repudiou a candidatura de Vinicius Castello, do PT, à prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana. Ele criticou a postura moral e ética do candidato nas redes sociais, por ter usado expressões de baixo calão e comemorado a aprovação da liberação do aborto na Argentina, em 2020.
Doriel Barros, do PT, rebateu Feitosa. Sobre as vacinas, considerou que o parlamentar estaria mudando o entendimento, uma vez que não fazia essa defesa na época da pandemia. Já em relação às críticas ao candidato do PT em Olinda, Vinicius Castello, considerou que a fala de Feitosa só expressa preconceito com o perfil do político do PT, que é negro e surgiu da periferia.