Internauta do Blog do Didi Galvão, faz um relato onde ele fala de sua indignação quanto a Cozinha Comunitária de Belém do São Francisco, comentando ainda sobre o que ele chama de descaso.
Confira:
“Hoje, meu coração está pesado, tomado por uma profunda indignação diante de um episódio que jamais deveria acontecer em nossa cidade. Fui surpreendido com um relato que escancara a falta de humanidade e respeito com aqueles que mais precisam.
Um morador de Belém do São Francisco, movido pela fome e pela esperança de garantir uma refeição digna, se dirigiu à Cozinha Comunitária — um espaço que, em teoria, deveria acolher e amparar os mais vulneráveis. No entanto, o que encontrou foi muito mais doloroso do que o vazio no estômago: foi recebido com ironia e desprezo por parte de uma servidora que, sem o mínimo de empatia, proferiu as seguintes palavras: “Você não tem cadastro, a comida que sobrar será jogada aos porcos.”
Como aceitar que, em pleno século XXI, uma atitude tão desumana aconteça justamente em um local destinado a combater a fome e promover a solidariedade? É inadmissível que alimentos destinados a saciar a fome de um ser humano sejam descartados de forma tão cruel, enquanto uma pessoa carente se vê humilhada e desamparada.
A fome não espera por burocracias. A fome não escolhe dia nem hora. E quando alguém toma coragem para pedir ajuda, o mínimo que merece é respeito e compreensão. Ninguém deveria ser tratado como invisível ou, pior ainda, ser comparado a animais no momento de maior fragilidade.
É hora de cobrarmos das autoridades locais uma postura firme diante desse ato lamentável. Precisamos de servidores que compreendam a nobreza de seu trabalho, que tratem as pessoas com dignidade e que façam valer o propósito dos serviços comunitários. A Cozinha Comunitária não pode ser espaço de humilhação, mas sim de acolhimento e solidariedade.
Que esse episódio lamentável sirva de alerta para que atitudes como essa nunca mais se repitam. Que possamos, como sociedade, nos unir para garantir que ninguém mais passe por tamanha humilhação e que a dignidade humana seja sempre preservada.”