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Homenageados do 16º Festival de Cinema de Triunfo celebram a memória, a resistência e a força criadora do Sertão

No alto da serra, onde a neblina se mistura às histórias contadas em voz mansa e o tempo parece se dobrar em silêncio e brilho, Triunfo volta a acender suas luzes de cinema. O centenário Theatro Cinema Guarany, guardião de tantas fabulações, reabre suas portas como quem convoca antigos encantos, renovando o pacto entre o Sertão e a sétima arte. É ali que o 16º Festival de Cinema de Triunfo, realizado pelo Governo de Pernambuco através da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), transforma a cidade em território de invenção, de 14 a 20 de dezembro de 2025. Uma semana em que o cinema volta a pulsar como linguagem de imaginação, poesia e transformação.

Com o tema “No Sertão o cinema já nasceu encantado”, esta edição celebra a origem sertaneja como solo fértil: lugar onde a arte nasce do encontro entre oralidade e memória, música e paisagem, sabedoria ancestral e ousadia criadora. A atmosfera do festival mergulha na poética dos Caretas e das Velhinhas, figuras que atravessam gerações. Símbolos de Triunfo, esses personagens evocam alegria, mistério, ancestralidade e brincadeira, lembrando que o cinema, como eles, é capaz de devolver poesia aos olhos e delicadeza ao olhar.

É nesse clima de encantamento e afeto que o festival presta homenagem a três nomes que guardam, alimentam e reinventam o imaginário cultural pernambucano: Nino de Abraão, Cíntia Lima e Uilma Queiroz. Cada um, à sua maneira, simboliza resistência, cuidado, força criadora e a firmeza de quem mantém acesas as brasas da memória.

Nino de Abraão (Triunfo) – Guardião da Tradição dos Caretas de Triunfo:

Envolvido com a arte e a cultura popular desde os dez anos de idade, Nino de Abraão iniciou sua trajetória nas ladeiras de Triunfo como participante da Treca dos Caretas e dos movimentos do grupo de capoeira. De lá para cá, dedicou sua vida à preservação de uma das manifestações mais emblemáticas do município: a tradição dos Caretas de Triunfo.

Hoje, como contramestre do Grupo Oásis de Capoeira e “infrentante” da Treca do Alto da Boa Vista, que é a mais antiga e atuante da cidade, Nino lidera um trabalho de base que une oficinas, educação, conscientização e formação de novas gerações. Ensina crianças e jovens a se tornarem guardiãs e guardiões dessa tradição que molda identidades e fortalece vínculos comunitários.

Artesão, educador e mestre do relho, ele mantém acesa a chama dessa memória coletiva, lembrando que o cuidado com a cultura popular é também cuidado com a história, a dignidade e o encantamento do povo serrano. Ao ser homenageado, Nino representa todos os que fazem pulsar as raízes culturais de Triunfo em cada rua, cada praça e cada festa do Sertão.

Cíntia Lima (Carpina) – Cineasta, roteirista e formadora:

Natural de Carpina, na Zona da Mata Norte, Cíntia Lima encontrou no audiovisual o caminho para transformar sua relação com as imagens em criação, memória e ofício. Em 2012, enquanto cursava Artes Visuais na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, iniciou sua vivência nos sets como assistente de produção e de arte em filmes dirigidos por seu então professor Marcelo Coutinho, experiência que abriu portas para uma atuação mais ampla no cinema pernambucano.

Cineasta, roteirista e atriz, Cíntia construiu uma obra que transita entre o cinema e as artes visuais, com filmes exibidos em mostras, festivais e exposições. Paralelamente à criação autoral, dedica-se à formação e consultoria em roteiros de ficção, contribuindo para o fortalecimento de novas narrativas e perspectivas no audiovisual. Lançou, em 2021, a formação online e gratuita Nossas Narrativas e, desde então, lecionou em instituições como o Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) e a Escola Vila das Artes, em Fortaleza, onde ministrou disciplinas de escrita e roteiro de ficção.

Hoje, concilia seus projetos como realizadora com o trabalho de atriz e com a atuação na produção executiva da Olar Filmes e do Observatório Latino-Americano de Realizadoras (OLAR), reforçando seu compromisso com a ampliação de espaços e olhares femininos no setor. Ao ser homenageada, Cíntia representa as mulheres criadoras que reinventam o cinema a partir de suas origens, suas vivências e suas próprias maneiras de narrar o mundo.

Uilma Queiroz (Afogados da Ingazeira) – Cineasta sertaneja:

Nascida no sítio Matinha, em Carnaíba (PE), e criada em Afogados da Ingazeira, Uilma Queiroz é uma das vozes mais importantes do cinema sertanejo contemporâneo, possivelmente a primeira mulher sertaneja a dirigir um longa-metragem com notório reconhecimento.

Filha de um agricultor analfabeto e repentista, sua trajetória é marcada pela força das mulheres do Sertão e pelo compromisso com a memória e a resistência de suas histórias. Seu documentário “O Bem Virá” retrata a luta de mulheres organizadas frente aos desafios impostos pela seca, reafirmando o cinema como instrumento de denúncia, esperança e transformação.

Ao homenagear Uilma, o Governo de Pernambuco reconhece o impacto de sua obra na valorização do interior, suas mulheres, suas memórias e suas narrativas universais. É também um gesto de incentivo a novas gerações de realizadoras e realizadores que, como ela, transformam a experiência sertaneja em cinema.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO 16° FESTIVAL DE CINEMA DE TRIUNFO — O evento reúne seis mostras competitivas, sendo elas longa-metragem nacional; curta e média-metragem nacional; curta e média-metragem pernambucano; curta e média infantojuvenil; curta e média dos Sertões; e filme experimental, exibindo produções realizadas entre 2023 e 2025.

14/12/2025 (domingo)

ABERTURA

16h
Natália do Espírito Santo (Curta-metragem, Triunfo-PE, Livre), dirigido por alunos do EREM Alfredo de Carvalho.

15/12/2025 (segunda-feira)

13h30 às 15h – Theatro Cinema Guarany

Natália do Espírito Santo (Curta-metragem, Triunfo-PE, Livre), dirigido por alunos do EREM Alfredo de Carvalho.

A Moreninha (Ficção, 2025, Triunfo-PE, Livre), dirigido coletivamente pelos estudantes da Escola Alfredo de Carvalho.

Sinopse: A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, conta a história de Augusto, um estudante que faz uma aposta com os amigos: ele afirma que nunca se apaixonará. Durante uma visita à ilha onde mora Carolina, uma jovem encantadora apelidada de “A Moreninha”, Augusto acaba se apaixonando por ela. No final, ele descobre que Carolina é a mesma menina por quem havia prometido amor eterno na infância.

Dom Quixote (Ficção, 2025, Triunfo-PE, Livre), dirigido coletivamente pelos estudantes da Escola Alfredo de Carvalho.

Sinopse: Dom Quixote, de Miguel de Cervantes, conta a história de um homem chamado Alonso Quixano que enlouquece de tanto ler livros de cavalaria e decide se tornar cavaleiro, adotando o nome de Dom Quixote. Ao lado de seu fiel escudeiro Sancho Pança, ele vive várias aventuras, imaginando enfrentar monstros e gigantes que, na verdade, são situações comuns. A obra mistura humor e crítica, mostrando a diferença entre sonho e realidade.

Senhora (Ficção, 2025, Triunfo-PE, Livre), dirigido coletivamente pelos estudantes da Escola Alfredo de Carvalho.

Sinopse: Senhora, de José de Alencar, conta a história de Aurélia Camargo, uma jovem bela e rica que compra seu antigo amor, Fernando Seixas, em um casamento por interesse. Ela faz isso para se vingar, pois ele a abandonou no passado por ambição. Com o tempo, porém, os dois enfrentam o orgulho e o ressentimento até redescobrirem o verdadeiro amor.

Auto da Compadecida (Ficção, duração variável, 2025, Triunfo-PE, Livre), dirigido coletivamente pelos estudantes da Escola Alfredo de Carvalho.

Sinopse: Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é uma comédia ambientada no sertão nordestino que mistura humor, fé e crítica social. A história acompanha João Grilo e Chicó, dois amigos pobres e espertos que usam a inteligência para sobreviver. Após várias confusões, João Grilo morre e enfrenta um julgamento no céu, onde a Compadecida (Nossa Senhora) intercede por ele.

SESSÃO: AS ENCANTARIAS MOVEM OS OLHOS DO CINEMA

17h30 às 19h | Mostra de curtas, médias-metragens e filmes experimentais

Ressonância (Drama, 20 min, 2025, Caicó-RN, Livre), dirigido por Anna Zêpa
Sinopse: O desejo de liberdade ainda ressoa em Margarida e a ideia de ficar presa em uma rotina cotidiana a deixa sufocada.

Plantis da Vida – Frevo Rural (Musical, 5 min, 2025, Upatininga-Aliança-PE, Livre), dirigido por Clarissa Azevedo

Sinopse: Obra vibrante à resiliência e à força vital da cultura do frevo rural, nova modalidade do frevo criado pela Orquestra de Frevo Zezé Corrêa, em Upatininga Aliança – PE, conectando as raízes da brincadeira popular da terra dos canaviais com a efervescência da festa do frevo. A narrativa se desdobra em um manifesto, costurando a metáfora do plantar e colher da cana-de-açúcar com a cultura popular pulsante em Upatininga, celebrando o nosso frevo, o frevo rural.

Akaîutĩ (Documentário, 17 min, 2025, João Câmara – RN, Livre), dirigido por JP Mello, Kaline Cassiano e Sylara Silvério

Sinopse: Entre o fogo que torra a castanha do caju e os cantos sagrados, Akaîutĩ narra a trajetória do povo Mendonça Potiguara. Guiado pelas vozes entoadas que cuidam da terra, o filme mostra uma ciência viva – onde cada gesto é resistência, cada melodia, proteção.

Pé de Chinelo (Ficção, 19 min, 2024, Petrolina-PE, Livre), dirigido por Cátia Cardoso

Sinopse: Antônio, conhecido como Burrego, é um menino de doze anos, sonhador e resiliente, que vive com sua avó, Dona Toinha, em uma pequena comunidade ribeirinha. Em suas travessias de barco para vender verduras ao lado da avó e nas longas caminhadas até a escola, Burrego se depara com escolhas e tentações que testam sua determinação em realizar seu maior sonho.

Encruza (Videoclipe, 11 min, 2024, Salgueiro-PE, Livre), dirigido por Guilherme Cavalcante e Rafael Costa

Sinopse: O projeto visa apresentar a cidade de Salgueiro, sertão central de Pernambuco, através do recurso audiovisual, exibindo o seu entroncamento geográfico e a ligação ancestral com a religiosidade. Exibindo desta forma um recorte espiritual de sincretismo religioso, onde Santo Antônio é Exu, o orixá da comunicação e senhor das encruzilhadas.

20h | Mostra longa-metragem Nacional

Originárias (Documentário, 72 min, 2025, Salvador-BA, 12 anos), dirigido por Marcilia Cavalcante Barros
Sinopse: “Originárias” é uma refabulação contracolonial que entrelaça ancestralidade, feminismo e luta indígena. O filme propõe uma retomada simbólica das vozes silenciadas pela colonização, evocando a mitologia e a força espiritual das mulheres que resistem.

16/12/2025 (terça-feira)

SESSÃO: CINEMAS QUE SOAM COMO ÁGUAS

17h30 às 19h | Mostra de curtas, médias-metragens e filmes experimentais

Afluir (Videodança, 16 min, 2025, Olinda-PE, Livre), dirigido por Gabi Holanda
Sinopse: Afluir é um cine-dança que entrelaça corpo, água e memória em uma narrativa sensorial entre o real e o onírico. Em meio à crise hídrica, uma mulher vivencia o reencontro com a água como alívio e encantamento, acionando gestos cotidianos, mitos e memórias ancestrais. O filme evoca a presença mítica das mulheres d’água e reflete sobre a desigualdade no acesso à água, destacando a centralidade das mulheres no cuidado com esse bem comum. Um mergulho poético na existência aquática da humanidade.

Salam (Documentário, 10 min, 2025, Afogados da Ingazeira-PE, Livre), dirigido por Bruna Tavares
Sinopse: Uma jovem tem seu encontro de fé no sertão de Pernambuco.

Ô Celina, Ô Celina – Biu Neguinho (Documentário, 21 min, 2025, Arcoverde- PE, Livre), dirigido por Jadson André e Sheilla Moreno
Sinopse: Ô Celina ô Celina -Biu Neguinho, narra um pouco dos 95 anos de Severino Amaro dos Santos ou simplesmente mestre Biu Neguinho, o criador e introdutor da batida do surdo do samba de coco de Arcoverde. O filme percorre sua jornada desde sua passagem pelo futebol, sua contribuição para o carnaval arcoverdense com as escolas de samba, suas dificuldades até a revolução cultural que nasce da sua batida imortalizada pelos grupos de sambas de coco de Arcoverde.

Mal Sagrado (Drama, 24 min, 2025, Petrolina-PE, 12 anos), dirigido por Tandie Sogo e Pedro Lacerda
Sinopse: “Mal Sagrado” acompanha a jornada de Ciça, lavadeira que encontra no rio Velho Chico sustento e também a essência de sua existência. Quando sua vida é atravessada por um acontecimento doloroso, ela precisa enfrentar a situação e buscar reconciliação com o rio que sempre a sustentou. Uma narrativa que une silêncio, inspiração na dança contemporânea e simbolismo para refletir sobre luto, identidade, espiritualidade e reconciliação com a natureza.

O céu não sabe meu nome (Drama, 20 min, 2024, Salvador-BA / São Paulo-SP, Livre), dirigido por Carol AÓ
Sinopse: Uma neta ressignifica a morte de sua mais velha através das memórias antes não ditas.

20h | Mostra longa-metragem Nacional

Timidez (Drama, 83 min, 2025, Bahia – BA, 10 anos), dirigido por Susan Kalik e Thiago Gomes Rosa
Sinopse: Jonas, mora com seu o irmão, Nestor, com quem tem uma relação afetuosa, mas, por vezes, abusiva. Porém, esta noite, Lúcia, a vizinha, virá para o jantar e Jonas precisa enfrentar seu irmão e o fantasma de sua “Timidez”, se quiser viver esse amor.

17/12/2025  (quarta-feira)

SESSÃO: CINEMAS PARA INCANDEAR OUTROS MUNDOS

17h30 às 19h |Mostra de curtas, médias-metragens e filmes experimentais

Sertão 2138 (Ficção, 19 min, 2024, Recife-PE, Livre), dirigido por Deuilton B. Junior
Sinopse: Em uma Terra distópica, uma brilhante cientista tem finalmente sua entrada liberada na Estação Espacial. Quando está tudo pronto para a tão sonhada partida e nova vida, uma misteriosa missão interrompe seus planos.

Quando em tuas veias (Experimental, 9 min, 2025, Garanhuns-PE, Livre), dirigido por Roberta Laleska e Felipe Espíndola
Sinopse: Três personagens vagam por uma cidade em dissolução. Suas histórias, fragmentadas por ausências e afetos partidos, se entrelaçam enquanto a própria urbe, viva e pulsante, se insinua como quarta presença — íntima, sufocante, reveladora.

Cana queimada de desejos (Videoclipe, 4 min, 2025, Carpina-PE, Livre), dirigido por Sávio Sabiá e Ricardo Sékula
Sinopse: Em seu primeiro videoclipe, Sávio Sabiá, cantor e compositor da Zona da Mata Norte pernambucana, faz um registro poético de sua trajetória enquanto artista LGBTQIAPN+ da cultura popular, apresentando-se como um sujeito que resiste através da arte.

Um dia de todos os dias (Experimental, 8 min, 2024, Belo Horizonte-BH, 10 anos), dirigido por Fábio Narciso
Sinopse: O racismo é um dia comum.

Boiuna (Drama, 20 min, 2025, Belém-PA, 14 anos), dirigido por Adriana de Faria
Sinopse: O filme acompanha Mara (Jhanyffer Santos) e sua mãe, Jaque (Naieme), em uma jornada marcada por mistérios e encantamentos que atravessam a floresta e as mulheres ribeirinhas. Com uma estética profundamente ligada ao universo amazônico, “Boiuna” constrói uma atmosfera de encantamento e ancestralidade. Entre memória, território e imaginação, “Boiuna” reafirma o protagonismo nortista e feminino no audiovisual brasileiro.

Recife – Enquanto os monstros dormem (Documentário, 9 min, 2023, Recife-PE, 16 anos), dirigido por Widio Joffre
Sinopse: O que acontece nos primeiros minutos de cada manhã em uma cidade grande como Recife? Quais jornadas começam quando suas ruas ainda estão quase vazias? Que segredos e magias seus elementos escondem? Recife – Enquanto os Monstros Dormem é um documentário experimental que faz da cidade sua protagonista, explorando-a para além dos clichês habituais. Inspirada por uma linguagem contemplativa e sensorial, a obra transita entre a ficção e o documentário, evocando momentos de introspecção sobre espaços que se tornaram parte do cotidiano. Ao revelar uma Recife rara e silenciosa, a obra nos conduz a um território de transição — entre o real e o imaginado.

Ecos do Tempo (Experimental, 10 min, 2025, Recife-PE, 16 anos), dirigido por Renato Izaias
Sinopse: No coração do Ibura, em Recife, um jovem se vê entre dois tempos: o presente marcado pela luta cotidiana e um futuro distópico em que inteligências artificiais controlam narrativas e silenciam comunidades inteiras. Ecos do Tempo costura afrofuturismo, poesia e ancestralidade para revelar a potência da memória coletiva e da espiritualidade periférica como forças capazes de atravessar séculos. Entre o real e o onírico, o filme é uma fábula sobre resistência, identidade e a urgência de preservar nossas vozes diante do esquecimento imposto.

20h | Mostra longa-metragem Nacional

Uma estrada que corta o território do Xerente (Documentário, 72 min, 2025, Palmas-TO, 10 anos), dirigido por Túlio de Melo

Sinopse: “Uma estrada que corta o território do Xerente” é um documentário indígena que tem como objetivo provocar uma reflexão sobre o conceito de território a partir da realidade do povo indígena Xerente, cuja terra, o seu território é cortado por uma estrada que é utilizada durante a narrativa do documentário como um chamado para reflexão sobre o conceito de território indígena.

18/12/2025 (quinta-feira)

SESSÃO FABRICANDO IMAGINAÇÕES DO FUTURO

15h30 – 16° Festival de Cinema de Triunfo Convida CineSesc – Mostra Infantojuvenil

Menina Semente (Aventura, 10 min, 2023, Caruaru-PE, Livre), dirigido por Túlio Beat
Sinopse: Numa cidade poluída e repleta de contrastes, brota uma semente singular: uma menina indígena do passado.

Lá na frente (Drama, 10 min, 2024, Recife-PE, Livre), dirigido por Márcio Andrade
Sinopse: Quando Pedro e sua mãe recebem a notícia de que Raula não vai mais chegar, ambos encontram seus meios de atravessar a perda.

Queimando por dentro (Drama, 16 min, 2024, Recife-PE, Livre), dirigido por Enock Carvalho e Matheus Farias
Sinopse: Nascido em uma família evangélica neopentecostal, Samuel cresceu no coração de uma religião que ganhou grande influência no Brasil nas últimas décadas. Enquanto começa a explorar sua sexualidade e abraçar sua identidade queer, seu mundo é abalado quando seu pai, de forma abrupta, o proíbe de dançar na igreja. Um ponto de virada em sua vida é iminente.

Babalu é carne forte (Ficção, 18 min, 2025, Recife-PE, Livre), dirigido por Xulia Doxágui
Sinopse: Diana retorna à comunidade onde cresceu durante a festa de São Cosme e Damião. Uma criança misteriosa a convida para brincar.

Catarse (Drama, 4 min, 2025, São Paulo-SP, Livre), dirigido por Nicole Carvalho Fukushima e Théo Álan de Sá Bugelli
Sinopse: Preso em uma rotina sem cor, Théo abandonou sua paixão pela arte, vivendo uma vida corporativa e solitária. Mas, ao se deparar com A Noite Estrelada, uma onda de sentimentos reprimidos transborda, rompendo as barreiras entre sonho e realidade.

20h | Mostra longa-metragem Nacional

Jamary (Ficção, 94 min, 2025, Manaus-AM, Livre), dirigido por Begê Muniz
Sinopse: Ane, uma influenciadora de 12 anos, passa as tardes brincando na vila Jamary, na região Amazônica. Desafiada por seus primos, ela entra na floresta e acaba encontrando o Anhangá, um “encantado espírito” indígena que luta pela preservação da floresta.

19/12/2025 (sexta-feira)

SESSÃO: TODA TERRA GUARDARÁ NOSSAS VOZES

17h30 às 19h |Mostra de curtas, médias-metragens e filmes experimentais

Mar de dentro (Documentário, 8 min, 2024, Recife-PE, Livre), dirigido por Lia Letícia

Sinopse: A incansável insubmissão ao poder de Preto Sérgio e sua busca pela história do que não foi revelado, desamarrando os nós a partir dos bons ventos que o levam ao mar de fora e ao mar de dentro.

Areias do céu (Documentário, 17 min, 2024, Santa Cruz do Capibaribe-PE, Livre), dirigido por Virgínia Guimarães

Sinopse: “Areias do céu” é um documentário que mergulha nas comunidades serranas da Vila do Pará e Palestina, em Santa Cruz do Capibaribe, revelando as conexões entre esses dois lugares.

As duas faces de Eva (Documentário, 19 min, 2025, Itacuruba-PE, Livre), dirigido por Coletivo Cinema no Interior

Sinopse: Na aldeia indígena Tuxá Campos, na margem pernambucana do rio São Francisco, duas mulheres com o mesmo nome compartilham lembranças de um tempo que se perdeu nas águas da represa de Itaparica.

Noé da Ciranda (Documentário, 12 min, 2024, Surubim-PE, Livre), dirigido por João Marcelo

Sinopse: O filme celebra a vida e a obra de Mestre Noé da Ciranda, um ícone da cultura popular pernambucana. Agricultor, poeta e cirandeiro, Noé transforma o cotidiano em arte, improvisando versos entre os passantes de uma feira livre no interior. Através de causos vividos e memórias afetivas, sua música transcende o simples entretenimento, consolidando-o como um dos grandes nomes da arte popular do Nordeste. Uma jornada que une poesia e ritmo, revelando a ciranda em sua forma mais pura: dançante, comunitária e cheia de vida.

Iluminação Especial 7.0 (Documentário, 19 min, 2025, Santa Cruz do Capibaribe-PE, Livre), dirigido por Mayara Bezerra

Sinopse: Por meio de um olhar ensaístico em voz off e de depoimentos, o filme retrata o significado da emancipação de uma cidade movida a trabalho, e que é atravessada por uma identidade cultural intimamente ligada à economia da região. Essa narrativa sobre o trabalho e os trabalhadores é entrecortada pela tradução dos desejos desta classe através da arte, essa expressão simbólica que faz nascer e retomar identidades.

Presente de Aniversário (Documentário, 15 min, 2025, Afogados da Ingazeira-PE, Livre), dirigido por Uilma Queiroz

Sinopse: O cantador de viola e repentista Anízio Queiroz está perdendo a memória. Como um presente de aniversário, sua filha, então diretora de cinema, remonta, junto com ele e com a família, suas lembranças e sua poesia através deste filme.
20h | Mostra longa-metragem Nacional

Gravidade (Ficção, 72 min, 2025, Recife-PE, 12 anos), dirigido por Leo Tabosa

Sinopse: Durante uma tempestade solar que ameaça colapsar a gravidade da Terra, quatro mulheres confrontam mistérios enterrados numa mansão à beira do fim. Entre segredos, memórias e rancores, nasce uma nova chance de reordenar o mundo.

Sobre o Festival de Cinema de Triunfo – É uma realização do Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE e da Fundarpe, reforçando o compromisso do Estado com o fortalecimento do audiovisual e a promoção da diversidade cultural em todas as regiões.

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