Em comunicado, diplomacia da Venezuela disse que acusações de procurador contra Lula não refletem a posição do governo de Nicolás Maduro
Após o procurador-geral da Venezuela acusar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ser “agente da CIA”, o governo de Nicolás Maduro se pronunciou oficialmente sobre o caso nesta terça-feira (15/10).
Em nota, o ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou que os comentários feitos pelo procurador Tarek Saab são “opiniões de caráter muito pessoal”, e não refletem a posição do governo Maduro.
“O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela expressa à opinião pública nacional e internacional, especialmente ao povo e ao governo da República Federativa do Brasil, que as recentes declarações emitidas pelo Procurador-Geral da República, a respeito do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, correspondem a opiniões de caráter muito pessoal e em nenhum momento refletem a posição da Executiva Nacional, responsável pela política externa venezuelana”, disse um trecho do comunicado.
No último domingo (13/10), o nome máximo do Ministério Público venezuelano aproveitou sua participação em um programa do canal estatal Globovísion para acusar o presidente do Brasil de ter ligações com a CIA.
Sem apresentar provas, Saab disse que Lula foi “cooptado” pela agência norte-americana durante o período em que esteve preso, por 1 ano e 7 meses.
Além disso, o procurador-geral da Venezuela disse que Lula, ao lado do presidente do Chile, Gabriel Boric, é um “porta-voz” dos interesses dos Estados Unidos na América Latina.