ASR Locação de Veículos e Máquinas também arrematou lotes do leilão internacional de arroz do governo federal; leilão foi feito por insistência do ministro da Casa Civil, Rui Costa
O governo Jerônimo Rodrigues (PT) contratou por R$ 19,8 milhões uma locadora de carros para vender milho. A empresa, identificada como ASR Locação de Veículos, ainda é investigada pela Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU) por envolvimento em um esquema de fraudes em nível nacional. As informações são da colunista Andreza Matais, do portal UOL.
Segundo a reportagem, a mesma locadora arrematou lotes de um leilão internacional de arroz do governo federal. A venda foi suspensa após serem divulgados indícios de fraude. O leilão de arroz foi feito por insistência do ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), conforme informações do portal.
ASR Locação de Veículos foi criada em 2019 e, atualmente, já tem 22 atividades econômicas ativas, em serviços distintos, como buffet e recepção em evento, até instalação de ar-condicionado.
A participação no leilão nacional foi em dezembro de 2023, mas só em 16 de maio, ela incluiu as atividades de importação e exportação de cereais no catálogo. A locadora arrematou o terceiro maior lote do leilão, avaliado em R$ 112 milhões.
Já na época do leilão de milho, para a Bahia, a empresa estava no nome de Amanda dos Santos Araújo, dona da empresa até abril deste ano.
As duas licitações foram feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pela regulação dos preços dos alimentos. O diretor de Politica Agrícola e Informações da Companhia é Silvio Porto, próximo de Rui Costa. Na última quarta-feira (19), o deputado Pedro Lupion (PP-RR) questionou a relação de Porto com a suspeita de fraude e o ex-governador da Bahia.
“Como pode o senhor Silvio Porto, diretor técnico da Conab, assinar uma nota técnica dizendo a necessidade da compra de arroz por causa de desabastecimento, se a própria Conab emitia documentos reconhecendo que não havia desabastecimento?”, disse Lupion.
A reportagem do CORREIO procurou o governo da Bahia para ter esclarecimentos sobre a compra do milho e aguarda retorno.