Blog do Didi Galvão
Durante fiscalização na Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques, vereador Gilson Filho aponta precariedade no atendimento, reforça que a culpa não é dos médicos e cobra soluções da gestão municipal
O vereador Gilson Filho esteve nesta terça-feira (2) na Policlínica e Maternidade Professor Arnaldo Marques, no Ibura, para fiscalizar o funcionamento da unidade. O que encontrou foi um cenário de abandono, que tem gerado indignação entre pacientes e familiares.
Camilla Gonçalves, de 22 anos, que sofreu um aborto, relatou ter chegado à unidade às 9h, mas precisou pagar por exames em uma clínica particular porque a médica responsável pelos exames estava de férias e não houve substituto. “Tive que buscar atendimento particular para realizar algo que deveria ser garantido aqui. Isso é revoltante!”, desabafou.
Além disso, a unidade enfrenta a falta de copos descartáveis, obrigando os pacientes a comprar água fora, e o banheiro feminino, essencial em uma maternidade, está sem água. Washington Macedo, pai de uma mãe que deu à luz, também denunciou que os quartos não possuem lençóis para os recém-nascidos, forçando as famílias a trazerem o material de casa.
Embora o cenário seja crítico, Gilson Filho destacou que os médicos estão se esforçando para atender da melhor forma possível, mesmo diante de tantas dificuldades. “É importante saber que os profissionais de saúde não têm culpa. Eles estão aqui trabalhando e tentando ajudar como podem, mas falta estrutura e apoio da gestão municipal”, afirmou o vereador.
Outro ponto grave constatado foi o funcionamento parcial do setor de exames. Nos dias pares, como ontem, não havia médico para realizar ultrassons e exames laboratoriais, deixando pacientes desassistidos. Já nos dias ímpares, a unidade conta com atendimento normalizado.
Gilson Filho reforçou seu compromisso com a fiscalização e cobrança por melhorias. “Estamos aqui trabalhando para o povo e pelo povo. A saúde pública precisa ser prioridade. Não podemos aceitar que a população continue sofrendo com esse nível de abandono. Isso é resultado de má gestão, e não de falta de esforço dos profissionais de saúde”, concluiu.
Ascom
