Expedição da Pollinova implementa colônias de abelhas nativas sem ferrão para polinizar pomares de manga no Sertão

A solução inovadora aposta nas Abelhas nativas sem ferrão para impulsionar a produtividade agrícola sustentável

Entre os dias 1 e 3 de dezembro, a startup Pollinova realizou a segunda expedição do projeto Pollinova aprovado através do edital ‘Pernambucanas Inovadoras’, iniciativa fomentada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). A ação ocorreu nas áreas de cultivo de manga da Agrodan Roriz Dantas, maior exportadora de mangas do Brasil, situada em Belém do São Francisco, e teve como foco o fortalecimento da polinização dos pomares a partir do incremento de abelhas nativas sem ferrão.

O Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), integrou a expedição por meio da atuação da ecóloga de campo Aline Andrade, que acompanha estudos envolvendo ecologia, conservação e a importância dos polinizadores no semiárido e de sua coordenadora professora Patrícia Nicola. Durante a atividade, foram instaladas caixas racionais contendo colônias de pelo menos cinco espécies de abelhas nativas sem ferrão, com o objetivo de ampliar a eficiência da polinização nos pomares de manga.

A ação contou ainda com o meliponicultor Ramon Bezerra, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA-PE), e com a gestora técnica da Agrodan, a agrônoma Maira Almeida. Juntas, as equipes trabalharam na implementação das colônias e no delineamento do processo de monitoramento das abelhas tanto nas caixas quanto em campo. O acompanhamento será feito por sensoriamento remoto, com dispositivos capazes de registrar e transmitir, em tempo real, dados sobre atividade das colônias, comportamento das abelhas e condições ambientais. As informações serão enviadas diretamente a uma plataforma digital criada para este fim. Os sensores e sistemas utilizados na coleta dos dados foram desenvolvidos por uma equipe liderada pelo professor Max Santana, docente do curso de Engenharia de Sistemas Computacionais da Univasf e sócio fundador da startup Melissa.

Para Aline Andrade, ecóloga de campo da startup Pollinova, a expedição representa um avanço significativo na integração entre ciência, tecnologia e manejo sustentável. “Nosso trabalho no projeto reforça a importância das abelhas nativas sem ferrão para a produtividade agrícola e para a conservação da Caatinga. Cada espécie introduzida contribui com um serviço ecossistêmico essencial. Participar desta etapa, que une pesquisa, inovação e prática de campo, fortalece nossa compreensão sobre como apoiar sistemas produtivos de forma ambientalmente responsável e a tecnologia complementa o esforço científico e produtivo para aprimorar a polinização, etapa decisiva para a fruticultura irrigada do Vale do São Francisco”, corrobora. O monitoramento seguirá durante todo o período de floração, permitindo que pesquisadores, técnicos e gestores acompanhem a atividade das abelhas e os efeitos diretos na produção.

Segundo a coordenadora do Cemafauna, professora Patrícia Nicola, a iniciativa evidencia o papel dos polinizadores nativos como agentes-chave na sustentabilidade da fruticultura no semiárido. “As interações planta-polinizador são importantes para a manutenção da funcionalidade ecológica. Projetos como este demonstram como a pesquisa aplicada pode gerar soluções biotecnológicas que favorecem tanto a produção agrícola quanto a conservação da biodiversidade em regiões vulneráveis às mudanças climáticas”, conclui.

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