Ex-funcionário de assistência técnica é preso após cobrar R$ 200 mil para não divulgar fotos íntimas de cliente

Um homem suspeito de praticar o crime de extorsão foi preso em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Ele era funcionário de uma assistência técnica de celular e cobrou R$ 200 mil para não divulgar fotos íntimas de uma cliente, após ter acesso às imagens quando o marido da vítima deixou o aparelho no estabelecimento para ser consertado, segundo a Polícia Civil.

O ex-funcionário, que não teve o nome divulgado, chegou a fugir para Santa Catarina, mas foi preso após retornar para Petrolina.

Segundo a Polícia Civil, o criminoso teve acesso ao aparelho em abril. Após o conserto, o marido da vítima presenteou um funcionário e, no mesmo mês, começaram a chegar as ameaças. Diante da extorsão, o casal procurou a polícia para denunciar o caso.

Em entrevista coletiva no Recife nesta sexta-feira (13), o delegado Paulo Furtado afirmou que o criminoso:

– Enviou um e-mail pra a vítima questionando “quanto valia a intimidade dela”;
– Mandou algumas das fotos para provar que tinha acesso ao material;
– Entrou em contato por WhatsApp e pediu R$ 200 mil para não divulgar as fotos.

Criminoso ameaçou divulgar fotos íntimas caso não recebesse dinheiro — Foto: Reprodução/WhatsApp

Em menos de 10 dias conseguimos identificar o autor do fato. A gente tentou fazer uma prisão em flagrante, mas não foi exitosa. Ocasião em que o delegado da delegacia de crimes cibernéticos optou por representar pela prisão preventiva e pela busca domiciliar“, explicou Paulo Furtado.

Ainda de acordo com o delegado, a Polícia Civil tentou cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão em Santa Catarina, para onde o homem fugiu inicialmente, mas ele não foi localizado. Posteriormente, a equipe de investigação localizou o criminoso em Petrolina, onde ele foi preso, na quarta (11), trabalhando em outra loja de assistência técnica.

Segundo o delegado, a mulher não enviou o dinheiro solicitado, mesmo diante da extorsão, por orientação da equipe de investigação.

[A vítima] não chegou [a repassar o dinheiro], por orientação da Polícia Civil. A gente quando pega casos de extorsão, ou extorsão mediante sequestro, a gente sempre tem um contato muito direto com a vítima, ou com alguma pessoa que ela delega, e vai sentindo o risco e o benefício […] para que a gente consiga capturar o indivíduo sem prejuízo patrimonial para a vítima“, explicou.

A prisão foi feita por policiais da Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos.

Fonte: g1

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