Dia Nacional do Frevo é celebrado com arrastão da Orquestra Capa Bode em Nazaré da Mata

Patrimônio Vivo de Pernambuco, a banda completa 118 anos, em 2025, e celebra o ritmo que é Patrimônio Cultural da Humanidade com um cortejo musical na tarde deste domingo (9), a partir das 15h

Nazaré da Mata, Zona da Mata Norte de Pernambuco, respira frevo neste domingo, 9 de fevereiro, data em que se comemora o Dia Nacional do Frevo. A programação especial tem como destaque o arrastão puxado pela Orquestra de Frevo Capa Bode, uma das mais tradicionais do estado, reconhecida como Ponto de Cultura e Patrimônio Vivo de Pernambuco. O evento, que começa às 15h, celebra não apenas o ritmo pernambucano que é Patrimônio Cultural da Humanidade, mas também os 118 anos da orquestra, completados em 1º de janeiro de 2025.

A história da Capa Bode remonta ao final do século XIX, quando, em janeiro de 1888, foi fundada a Sociedade Musical Euterpina Comercial Juvenil Nazarena. Criada por comerciantes locais, a banda tinha como objetivo animar os festejos da cidade, promovendo tocatas, bailes e participando de eventos religiosos. Apesar das restrições sociais da época, que impediam a participação de negros, a orquestra se consolidou como uma das principais escolas de música instrumental do interior pernambucano, formando instrumentistas que hoje integram bandas militares e grupos musicais em todo o estado.

O apelido “Capa Bode” é cercado de curiosidades. Uma das versões mais populares sugere que os diretores da banda eram frequentadores assíduos de encontros onde se degustava buchada de bode castrado. Seja qual for a origem do nome, a orquestra se tornou um símbolo cultural, revelando talentos como Carlos Gomes e Eleazar de Carvalho e acumulando prêmios ao longo de sua trajetória. Em 2010, recebeu o título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, consolidando sua importância para a cultura local.

A Orquestra de Frevo Capa Bode é conhecida por sua formação tradicional, que inclui instrumentos de sopro como trompetes, trombones, saxofones, clarinetes e tubas, além de percussão marcante com surdos, taróis e pratos, que dão o ritmo acelerado e contagiante ao frevo. Essa combinação de metais e percussão cria a sonoridade vibrante e energética que caracteriza o gênero, capaz de fazer o público dançar ao som das notas agudas e dos improvisos instrumentais.

Durante o arrastão, a orquestra apresentará diferentes tipos de frevo, como o frevo-de-rua, puramente instrumental e marcado por sua complexidade harmônica; o frevo-canção, que mescla melodia e letra, com um andamento mais suave; e o frevo-de-bloco, executado com orquestra de pau e corda, trazendo um clima mais nostálgico e romântico. Essa variedade de estilos promete uma viagem musical pelos múltiplos matizes do frevo, celebrando a riqueza e a diversidade desse patrimônio cultural pernambucano.

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