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Datafolha: Nunes tem 48% no 2º turno de São Paulo, contra 38% de Boulos

Pela primeira vez na corrida eleitoral deste ano, o Datafolha testou um cenário de segundo turno em São Paulo. O atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), bateria hoje o deputado Guilherme Boulos (PSOL) por 48% a 38%.

Dizem que votariam em branco, nulo ou em ninguém 12%, e 2% não souberam responder ao questionamento feito pelo Datafolha de 2 a 4 de julho na capital. A margem de erro é de três pontos para mais ou menos.

Nas três rodadas de pesquisas até aqui sobre a disputa, mesmo descontando a cartela de postulantes diferentes daquela realizada em março deste ano, a dupla lidera os levantamentos com distância considerável para os integrantes do segundo pelotão.

Desta vez, Nunes ultrapassou numericamente Boulos, dentro da margem de erro, com 24% das intenções ante 23% do rival, no cenário de primeiro turno com todos os pré-candidatos ora na mesa. Excluindo José Luiz Datena (PSDB) e Kim Kataguiri (União Brasil), o prefeito tem 26% e o deputado, 25%, mantendo a liderança isolada.

No cruzamento feito pelo Datafolha, Nunes é quem mais se beneficia num eventual segundo turno dos votos de Datena, com 52% dos ouvidos dizendo que migrariam de opção, ante 33% que optariam por Boulos. O tucano teve 11% na atual pesquisa de primeiro turno.

Já aqueles que integram os 10% que dizem votar no coach Pablo Marçal (PRTB) são ainda mais pró-Nunes num segundo turno, com 62% declarando voto no prefeito. Apenas 12% iriam com o deputado do PSOL.

A situação só se inverte nos 7% que apoiam Tabata Amaral (PSB). Deles, 56% apoiariam Boulos e 33%, Nunes.

Quando analisados segmentos socioeconômicos do eleitorado, Nunes tem boa vantagem sobre Boulos. No estrato mais volumoso do ponto de vista de renda, o das pessoas que ganham até 2 salários mínimos (42% dos ouvidos), o prefeito vence por 55% a 32%.

O nome do MDB derrota o do PSOL com boa vantagem entre os 46% de homens da amostra (52% a 36%), os 23% de pessoas com mais de 60 anos (55% a 35%), os 24% de evangélicos (55% a 30%) e entre os 21% menos escolarizados (57% a 31%).

Há um empate entre os 10% que ganham de 2 a 5 salários mínimos, com 43% optando por Boulos e 42%, por Nunes. E o deputado se sai melhor entre os 19% que têm de 25 a 34 anos (45% a 41%), os 34% mais escolarizados (49% a 40%) e mais ricos (os 16% que ganham acima de 5 mínimos mensais), com 49% a 39%.

O bolsonarismo surge mais convicto do que o petismo na pesquisa, apesar de Lula (PT) ser o fiador desde o primeiro momento da candidatura de Boulos. A capital, como mostrou o Datafolha em maio, se diz mais de direita do que de esquerda.

Dos eleitores do atual presidente no segundo turno de 2022, 57% vão com o deputado numa segunda rodada, contra 37% que optam por Nunes. Já 72% dos que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolhem o prefeito, ante 14% que preferem o rival.

O levantamento foi feito a pedido do jornal Folha de S.Paulo, e ouviu 1.092 eleitores. Ele está registrado no TSE sob o número 001178/2024.

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