O município de Custódia, no Sertão de Pernambuco, atravessa um momento de expectativa e tensão política após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) que cassou os mandatos do prefeito Manoel Messias e da vice-prefeita Anne Lira. A decisão provocou forte repercussão na cidade e mobilizou os bastidores do poder local.
Diante do cenário, o presidente da Câmara Municipal, Alysson de Yolanda (PSD), aguarda a notificação oficial da Justiça Eleitoral para convocar uma sessão extraordinária do Legislativo. Com a formalização do comunicado, Alysson deverá assumir interinamente a Prefeitura de Custódia, conforme prevê a legislação.
Com a mudança, a presidência da Câmara Municipal passará a ser exercida pela vereadora Nita Barreto, enquanto o suplente Diogo de Alencar assumirá temporariamente a vaga deixada no parlamento municipal. As alterações reforçam o clima de instabilidade política e mantêm a população atenta aos próximos desdobramentos.
Outro ponto que amplia a tensão envolve o ex-prefeito Manuca (Avante), que teve os direitos políticos cassados, tornando-se inelegível pelos próximos 8 anos. Com isso, fica inviabilizada a pré-candidatura que vinha sendo cogitada para Deputado Federal em 2026. Nos bastidores, também ganha força a possibilidade de a governadora Raquel Lyra convidar Manuca a deixar o cargo de secretário estadual, diante da repercussão da decisão judicial e abrir vaga para outra liderança política.
Enquanto isso, Custódia segue em compasso de espera, com um ambiente político marcado por incertezas, articulações e apreensão popular, aguardando os próximos passos oficiais que irão definir os rumos administrativos e políticos do município. Lembrando que após o transitado em julgado é que a Justiça Eleitoral determina data da eleição suplementar.
Blog do Didi Galvão

