Aliados próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estão em alerta para evitar o que aconteceu com Dilma Rousseff em 2016
Atualmente existem 19 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados contra o Presidente Lula, em um piscar de olhos um desses pedidos pode se tornar uma grande dor de cabeça para o líder petista. O receio nesse momento é de que o embate contra os Estados Unidos da América possa se tornar uma motivação, levando em consideração que nesse momento há insatisfação de deputados e senadores com o governo.
O governo olha atentamente as movimentações entre os presidentes da câmara Hugo Motta, do senado Davi Alcolumbre e o vice-presidente da República Geraldo Alckmin. Governistas avaliam que o presidente Lula deve ficar atento e buscar apoio popular, para evitar o que aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Naquele ano o governo de Dilma perdeu apoio popular e no Congresso Nacional, ela foi afastada do governo e três meses depois, em agosto, o então presidente interino toma posse definitivamente.
O vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, está à frente das negociações com os Estados Unidos sobre produtos exportados. Empresários e políticos enxergam em Alckmin uma pessoa equilibrada, sem discursos inflamados e um bom negociador. Já o presidente Lula usa um tom mais agressivo contra o “colega” Norte Americano, muitos analisam como prejudicial nas negociações e dizem que Lula coloca à frente questões pessoais.
Lula tambem está em embate com o Congresso Nacional, não aceitou a decisão de deputados e senadores sobre o IOF. Foi ao STF e com ajuda de Alexandre de Moraes ganhou a briga contra Motta e Alcolumbre, para muitos congressistas o Presidente da República foi desrespeitoso com o legislativo. Pouco tempo depois Lula resolve afrontar o legislativo mais uma vez, agora com a decisão de vetar o Projeto de Lei que aumenta o número de deputados. A relação de Lula com o Congresso Nacional azedou de vez.
Os aliados mais próximos do presidente Lula o apoiam em qualquer circunstância, até mesmo quando o mandatário engrossa o discurso contra o presidente dos Estados Unidos. São esses que estão de antenas ligadas em Brasília, observando todos os movimentos de possíveis interessados no impeachment de Lula. A ideia neste momento é intensificar eventos em Estados onde o Presidente conta com imenso apoio popular, assim como foi nesta quinta-feira na Bahia e sexta-feira no Ceará.
A ideia segundo uma fonte ligada ao governo, é que não falte ao presidente Lula o que faltou a Dilma em 2016. Ao invés de mobilizações populares em favor do impeachment como aconteceu naquela época, atrair as pessoas para não permitir que qualquer movimentação nesse sentido vá adiante. Ainda de acordo com nossa fonte, o maior interessado no impeachment de Lula é o vice-presidente que esteve à frente do afastamento de Dilma. O mesmo reconhece a capacidade de Alckmin quando o assunto requer diálogo.
Em sintonia com a Rede Globo de televisão o presidente Lula vem tratando as medidas de Donald Trump como chantagem, esse termo tem sido utilizado pelo jornalismo da emissora dos Marinhos constantemente. Lula aderiu ao termo adotado pelos Marinhos e acrescentou em seus discursos, foi assim na cidade de Juazeiro dizendo que as medidas anunciadas pelo presidente Trump tem características de chantagem e que o governo brasileiro não vai aceitar. Lula e Globo associam Trump ao ex-presidente Bolsonaro.
Outra medida que afeta diretamente parlamentares vem do STF, por meio de um dos ungidos de Lula para a suprema corte. Flávio Dino vem tirando o sono de deputados e senadores com investigações sobre emendas parlamentares, na avaliação de muitos congressistas Dino estaria apenas agradando o presidente Lula. Tudo isso pode ser levado em conta para possíveis medidas no jogo político em Brasília, sem descartar a possibilidade de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.