A CPI do INSS aprovou convocações e convites para ouvir 55 pessoas. Na lista estão o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, todos os ex-ministros da Previdência desde o governo Dilma Rousseff e ex-presidentes do instituto.
Serão chamados nomes como Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência de Lula até maio deste ano, e Carlos Gabas, que chefiou a pasta nos governos petistas anteriores. Os parlamentares aprovaram também a convocação do advogado Eli Cohen, que denunciou fraude no órgão.
Também devem ser ouvidos nomes ligados ao bolsonarismo, como José Carlos Oliveira, último ministro do Trabalho e Previdência de Bolsonaro, além de uma série de ex-presidentes do INSS que se revezaram no comando da autarquia desde 2012 — entre eles Renato Rodrigues Vieira, Alessandro Stefanutto, Glauco Wamburg e Guilherme Serrano.
De acordo com o documento oficial publicado pela CPI, apenas o atual ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o ex-ministro Onyx Lorenzoni foram convidados, e não convocados. Há ainda na lista ex-diretores e presidentes de entidades e associações ligadas a aposentados e pensionistas.
Na primeira reunião como relator da CPI do INSS, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) apresentou o plano de trabalho que abrange investigar fraudes em benefícios pagos pelo instituto desde 2015, período que engloba o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
A intenção de incluir a gestão da petista foi alvo de protesto de governistas, que ameaçaram não aprovar o documento de Gaspar, mas cederam depois de um acordo que veda a votação de requerimentos em bloco sem consenso, o que o governo avalia que pode blindar de uma convocação Frei Chico, irmão do presidente Lula e vice-presidente de um sindicato. Frei Chico não é investigado no caso das fraudes do INSS.