A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (27) que a bandeira tarifária será vermelha, patamar 2, em outubro. Essa é a mais cara do sistema de bandeiras.
Na bandeira vermelha patamar 2 serão cobrados R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram influenciados pelas previsões poucas chuvas nos reservatórios das hidrelétricas e pela elevação do preço do mercado de energia elétrica ao longo do mês de outubro.
Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022 e interrompida em julho de 2024 com bandeira amarela, seguida de bandeira verde em agosto e a vermelha, patamar 1, em setembro.
Desde o início de setembro, a conta de luz ficou mais cara.
Inicialmente, a Aneel havia decidido pela bandeira vermelha nível 2, com um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Mas voltou atrás, após revisão de dados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Custo mais elevado
O acionamento das bandeiras tarifárias ocorre toda vez em que a previsão de chuvas para determinado período fica abaixo da média, o que afeta diretamente a geração de energia hidrelétrica no país.
O custo mais elevado nas contas de luz é resultado do acionamento das termelétricas nos momentos de pico de consumo.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da capacidade de armazenamento dos reservatórios do país enfrentam uma seca severa.
Para evitar falta de energia ou racionamento, o governo federal adotou algumas medidas, como represamento da água dos reservatórios dessas regiões e do Norte.
O governo também cogita decretar a volta do horário de verão, medida recomendada pelo ONS para dar um fôlego ao sistema.