Como o Brasil Está Lidando Com a Regulação da IA?

Com o avanço cada vez mais veloz da tecnologia de inteligência artificial, diversos governos ao redor do mundo correm para criar um enquadramento legal e ético. O Paralmento Europeu, no qual os 27 estados-membros estão representados, aprovou sua lei sobre o tema em junho de 2024. O Canadá, um dos líderes no desenvolvimento desta tecnologia, aprovou sua lei ainda em 2022. 

Já faz alguns anos que o Congresso Nacional vem debatendo formas de regulamentar o desenvolvimento e aplicação da inteligência artificial no país. De fato, o Brasil foi um dos primeiros países a propor uma regulamentação para esta tecnologia ainda em 2020. No entanto, um novo projeto de lei sobre o tema aguarda aprovação na Câmara dos Deputados. Saiba mais.

O Brasil e a IA

O Projeto de Lei nº 21/2020 chegou a ser aprovado na Câmara dos Deputados em 2021, por votação de urgência. Porém, o projeto foi mal recebido pela sociedade civil e por especialistas, já que não estabelecia direitos e responsabilidades de forma clara. Foi por isso que o Senado resolveu encampar a causa em 2022, criando uma comissão especial. 

Desde então, o tema avançou bastante: o novo texto já foi aprovado pelo Senado e foi encaminhado à Câmara dos Deputados no final do ano passado e deve ser votado ainda este ano. O texto do PL aborda questões como:

  • Direitos trabalhistas e autorais
  • Transparência
  • Proteção à civis contra abusos

IA e Cibersegurança

VPNs com Surfshark e outros softwares defensivos estão em alta no país. A demanda por soluções de cibersegurança aumenta na medida em que o país se torna alvo de cibercriminosos. O Brasil já é o país da América Latina que mais sofre com este tipo de ataque, aparecendo também entre as primeiras posições no ranking mundial. Sem dúvida, os dados são alarmantes:

  • Ataques cibernéticos aumentaram 95% na segunda metade de 2024 
  • Em 2024, ocorreram mais de 700 milhões de ataques no país
  • Ataques de phishing podem causar prejuízos de R$ 7,75 milhões
  • Cibercriminosos utilizaram IA em mais da metade dos ataques

Não é à toa que os investimentos em cibersegurança empresarial aumentaram 37,5% no ano passado. O Governo Federal está investindo pesado nesta tecnologia, também por motivos de segurança cibernética, além de aplicações em diversas indústrias. No setor bancário, 10% dos investimentos em tecnologia são direcionados à ferramentas de IA para cibersegurança.

O Que Esperar do Novo PL

O PL 2.338/2023 toma por base legislações internacionais já vigentes, como a da União Européia. O objetivo principal da regulamentação é estabelecer regras claras para a proteção de dados, transparência e responsabilização dos desenvolvedores, para garantir que haja ética e responsabilidade social, tanto no desenvolvimento quanto na aplicação desta tecnologia. 

Um dos pontos herdados da legislação europeia diz respeito a classificaçã de risco. A classificação de risco envolve quatro níveis: mínimo, limitado, alto e inaceitável. Dessa forma, fica mais fácil supervisionar diferentes tipos de inteligência artificial, bem como seus potenciais danos e benefícios. Por exemplo, programas de IA utilizados na segurança pública oferecem um alto risco e por isso mesmo, precisam de uma regulamentação muito mais detalhada e restritiva. 

Verifique também

Patrulha Maria da Penha: “Meus filhos me dão coragem para refazer minha vida”, afirma mulher assistida pelo serviço da Guarda Civil de Petrolina

Em seis anos, milhares de mulheres já foram atendidas pelo serviço da Patrulha Maria da …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

planetsorare.com/pt/ bonus de cassino online