Câmara de Vereadores parabeniza Missa do Vaqueiro que encerrou o ciclo junino de Petrolina e presta homenagem ao Radialista Carlos Augusto

Por Conexão Política

Os vereadores Gabriel Menezes, Ronaldo Cancão, Gaturiano Cigano e a vereadora Maria Elena de Alencar que estão apresentando um Projeto de Resolução, que institui a Medalha de Honra ao Mérito do Vaqueiro Radialista Carlos Augusto, parabenizam e irão apresentar Moção de Aplausos pelo sucesso da 82⁰ Missa do Vaqueiro, que no último domingo (29), dia de São Pedro, encerrou oficialmente o ciclo junino às margens do Velho Chico com a tradicional Missa do Vaqueiro.

A celebração, criada em 1941 a partir de uma promessa feita pelo vaqueiro sertanejo Caboclo Timóteo, e que durante todos esses anos reúne centenas de vaqueiros de várias regiões e mantendo viva uma das maiores expressões da fé nordestina.

O responsável por conduzir a celebração foi o padre José Guimarães, que está há 15 anos à frente da missa em Petrolina.

Ele destaca que a origem da cerimônia e a força simbólica do evento. E como sempre, o homem simples do sertão, ele recorria a Deus e o vaqueiro Caboclo Timóteo fêz a promessa de que, se ficasse bom, mandaria celebrar uma missa em que os vaqueiros pudessem estar encourados e montados em seus cavalos. E com as graças de Deus, ele ficou bom, isso se cumpriu e, a partir daí, foi se criando uma tradição na região e fortalecendo a fé do homem do campo.

Ele acrescenta ainda que, muito antes de ser padre, ele já participava como seminarista, ajudando outros padres. E que, vem celebrando a cada ano com muita alegria, mas que está sempre presente. E cada ano que passa, cresce. E que os vaqueiros é uma classe que se envolve muito, vem muita gente de fora. O evento Já começa com o Forró da Espora no sábado e conclui com esse momento de fé, que é muito importante.

Ao lado do padre, o radialista e organizador Domingos Savio Brandão, o “Sivuca” relembrou as raízes da celebração e sua importância histórica:

Ele relatou que a Missa do Vaqueiro teve início em 1941, celebrada pelo padre Américo Soares, atendendo ao pedido de um grupo de vaqueiros que rezaram pela cura do Caboclo de Timóteo, ferido em uma pega de boi. E que durante todos esses anos, tiveram dois anos de paralisação com a pandemia, em 2020 e 2021. Mas desde 2022 ela voltou fortalecida. E que a Missa do Vaqueiro de Petrolina, é a mãe de todas as demais missas do vaqueiro — inclusive a de Serrita e a de Curaçá. Petrolina é o berço dessa tradição.

Queremos destacar que até o ano de 2015, a Missa do Vaqueiro era coordenadas pelo radialista Carlos Augusto, evento que acontecia há 74 anos mas ele faleceu tres meses antes da realização e, daquela vez, a missa foi dedicada a ele, criador da Jecana Oficial do Brasil e divulgador da cultura nordestina.

E foi um evento muito especial, trajando couro e com cavalos ornamentados, os vaqueiros partiram do Pátio de Eventos Ana das Carrancas por volta das 10h do domingo e percorreram cerca de oito quilômetros até a chegada na orla da cidade. No local, os participantes foram recebidos pelo coral de aboiadores de Serrita, município do Sertão nordestino que também mantém a tradição do vaqueiro.

Antes do início da cerimônia, um dos organizadores, Sivuca, comentou sobre a expectativa para a Missa. Disse que, ali tinha mais de mil vaqueiros que foram prestar homenagens à Carlos Augusto. Ele disse que, estavam muito felizes de poder dedicar a Carlis Augusto aquele momento e também tinham a consciência de que era uma responsabilidade muito grande, mas que iriam conseguir fazer uma homenagem bonita.

A Missa foi celebrada pelo padre José Guimarães que estava trajado com peças de couro. Disse que, aquela cerimônia, que é tradicional, representava a esperança do homem do campo.E que, da mesma forma que a ela foi idealizada para agradecer a cura de um vaqueiro que se feriu no trabalho, eles viam aquela missa como a representação da ânsia do vaqueiro pela superação das adversidades.

E naquela oportunidade, durante a pregação, o padre ainda fêz uma declaração emocionada sobre o homenageado. Disse que, Carlos Augusto não morreu, ele se eternizou nos corações dos vaqueiros, do povo sertanejo.

Queremos observar ainda que, a Missa do Vaqueiro apesar de ter sido criada em 1941, para fortalecer ainda mais a tradição, em 2003 por meio da Lei n⁰1.369/2003, o então vereador César Durando instituiu o Dia Municipal do Vaqueiro que é celebrado quando da realização do evento. E no ano de 2016, a vereadora Maria Elena de Alencar aprovou a Lei n⁰ 2.855/2016, que criou a Medalha do Merito do Vaqueiro Radialista Carlos Augusto, para homenagear os vaqueiros quando da realização da Missa do Vaqueiro. E no ano seguinte 2017, a vereadora Maria Elena assumiu a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, e a primeira coisa que ela fêz foi trazer de o Forró da Espora, do Patio Ana das Carrancas para o Estádio Paulo Coelho. E tambem foram entregues as Medalhas do Mérito do Vaqueiro Radialista Carlos Augusto.

Mas como a lei aprovada coloca essa responsabilidade para o poder executivo, é que está sendo apresentado um Projeto de Resolução estabelecendo algumas normas: a responsabilidade será do poder legislativo; a quantidade de medalhas que serão entregues anualmente; e a medalha deverá ser confeccionada em couro, uma homenagem a cultura do vaqueiro.

Neste ano de 2025, na Missa do Vaqueiro foram homenageados 6 vaqueiros, com o Troféu “Honra Ao Mérito Carlos Augusto” – Missa dos Vaqueiros 2025

José Antonio da Silva – Pedrinhas

José Joaquim da Silva – Sitio Rio Jardim

José Inácio da Silva – Sítio Lajedo

José Romão dos Passos – Sítio Romão – Casa Nova-Ba

Pedro Alves dos Santos – Sítio Miradouro, Cristália

Edilson Ribeiro de Souza – Sitio Olho D’agua, Capim

Além das mudanças na lei da Medalha do Mérito do Vaqueiro Radialista Carlos Augusto, vai ser oficializado um pedido ao prefeito Simão Durando, e também aos deputados Fernando Filho e Antonio Coelho, para que seja construído o Museu do Vaqueiro.

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