Blog do Didi Galvão
O acidente aéreo com 61 vítimas ocorrido nesta sexta-feira (9) em Vinhedo, interior de São Paulo, envolvendo uma aeronave do modelo ATR da Voepass, levantou questionamentos sobre a segurança desse tipo de avião em condições climáticas adversas.
O avião, prefixo PS-VPB, tinha 61 pessoas a bordo, sendo 57 passageiros e quatro tripulantes. O modelo da aeronave acidentada era um ATR 72-500, que fazia o voo 2283, de Cascavel (PR) para Guarulhos (SP). Inicialmente, a companhia aérea falava em 62 pessoas a bordo.
Em entrevista à CNN Brasil, o aviador Fernando de Borthole, com 20 anos de experiência, alertou sobre os riscos de operar esse modelo em situações de gelo severo.
De acordo com Borthole, “o ATR tem as suas limitações para o avião naquelas condições. É um avião que, em condição de gelo, o indicado é sair dessa condição”.
O especialista ressaltou, no entanto, que é prematuro apontar causas definitivas para o acidente sem uma investigação aprofundada.
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Investigação em andamento
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já iniciou as investigações do caso. Borthole explicou que as caixas-pretas da aeronave, que aparentemente já foram localizadas, serão fundamentais para esclarecer as circunstâncias do acidente.
“Existem duas caixas-pretas instaladas nos aviões comerciais: uma que grava o áudio da cabine e outra que coleta informações e dados do avião”, detalhou o aviador.
Esses dispositivos armazenam dados cruciais como a condição dos motores, sistemas da aeronave e posição dos controles de comando.
O especialista enfatizou a importância de aguardar os resultados oficiais da investigação, que pode levar semanas ou até meses para ser concluída.
“O Cenipa tem a função de achar fatores contribuintes, que a gente não chama nem de causas”, explicou Borthole, ressaltando que o objetivo principal é prevenir futuros acidentes.
