Aprovação do governo Lula sobe para 48%, maior patamar desde janeiro deste ano

Segundo a Pesquisa Genial/Quaest, reforma do Imposto de Renda, encontro com Trump na ONU e manifestações contra a PEC da Blindagem ajudaram a fortalecer o presidente junto aos eleitores

A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a subir em outubro, de 46%, no mês passado, para 48%, e atingiu o maior patamar de janeiro, quando estava em 47%, conforme dados da 18ª rodada da pesquisa Genial/Quaest de avaliação do governo, divulgada nesta quarta-feira (8/10). Enquanto isso, a desaprovação escorregou de 51% para 49%, na mesma base de comparação, registrando empate técnico.

O levantamento revela que a aprovação de Lula registra recuperação progressiva desde maio. A enquete da Quaest revela que alguns eventos recentes justificam essa melhora, como o avanço da reforma do Imposto de Renda que amplia a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil, no Congresso. A proposta, uma promessa de campanha de Lula, é aprovada por ampla maioria dos entrevistados, pois 79% se manifestaram a favor do benefício, percentual acima do registrado em setembro, de 75%.

Após a aprovação na Câmara dos Deputados, a reforma do Imposto de Renda ainda precisa ser aprovada pelo Senado Federal, onde deverá tramitar mais rapidamente, de acordo com as projeções de parlamentares. Aliás, essa reforma foi a notícia mais citada pelos entrevistados, com 68% afirmando que tomaram conhecimento.

Já a maior preocupação dos eleitores é a violência, com 30% das respostas enquanto economia ficou em terceiro lugar, com 16%, atrás de problemas sociais, com 18%. E, para 45% dos eleitores, o governo está pior do que o esperado, percentual menor do que o registrado em setembro, de 50%.

Trump e PEC da Blindagem

Outro fator que também contribuiu para melhorar a avaliação do petista, segundo a pesquisa, foi o breve encontro de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Nova York, na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Para 49% dos entrevistados, o chefe do Executivo saiu mais forte desse encontro breve, enquanto 27% responderam que ele saiu mais fraco e 10% disseram nem fraco nem forte.

Na ocasião, o republicano disse que houve uma “boa química” entre ambos e, na segunda-feira (6/10) telefonou para o presidente brasileiro e reabriu o canal de diálogo e voltou a elogiar o petista.

Outro fator apontado que ajudou a melhorar a aprovação do governo Lula nesta edição da pesquisa da Quaest, realizada em parceria com a Genial Investimentos, foi a polêmica votação na Câmara da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, a PEC 3/2021, que impedia que o Supremo Tribunal Federal (STF) processasse um parlamentar, independente do crime cometido além de ampliar o número de pessoas com foro privilegiado, como presidentes de partido.

A matéria, considerada um retrocesso, foi arquivada no Senado após as manifestações contrárias em várias capitais do país. E apesar de 54% dos entrevistados afirmarem que não sabia da votação contra 46% que sabiam, 63% dos eleitores se manifestaram contra a aprovação da PEC da Blindagem que, aliás, vem contribuindo para colar a imagem negativa dos deputados.

O estudo revelou ainda que a proposta da Câmara para anistiar os condenados pelo STF no julgamento da trama golpista segue sendo reprovada pela maioria do eleitorado que, inclusive, cresceu em relação à pesquisa do mês anterior, passando de 41% para 47%. Enquanto isso, o percentual de eleitores favoráveis à anistia de todos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recuou de 35% para 36%, na mesma base de comparação.

Avanço regional

De acordo com os dados da enquete, a aprovação do governo Lula subiu em outubro, em relação ao mês anterior, em quase todas as regiões, menos no Norte/Centro-Oeste, que passou de 45% para 44%. No Nordeste, a aprovação voltou a subir após um mês de estabilidade, entre agosto e setembro, passando de 60% para 62%, entre setembro e outubro. No Sudeste, a aprovação do governo registrou a maior elevação, de três pontos percentuais, para 44%. Enquanto isso, no Sul, o mesmo percentual subiu de 39% para 41%, entre setembro e outubro – a terceira alta consecutiva.

A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 5 de outubro. Foram 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais.

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