Paulinho da Força que é o relator da PEC, começa a semana com uma bateria de reuniões, em Brasília, o parlamentar pretende se reunir com líderes partidários, tanto governistas quanto oposicionistas, para discutir sobre o texto. “Estamos convencidos de que reduzir as penas pode pacificar o país, na medida que atenderemos a maioria da população“, afirmou o relator.
Paulinho foi enfático ao afirmar que uma anistia “ampla, geral e irrestrita” está fora de seus planos. Segundo o relator o caminho é oferecer como alternativa redução de pena para todos, inclusive para o ex-presidente, Jair Bolsonaro, condenado pela primeira turma do STF a 27 anos e três meses de prisão.
O partido de Bolsonaro, é absolutamente contra uma redução de penas sem anistia aos condenados por tentar um golpe de Estado e por participação nos atos de 8 de janeiro. Já o PT do presidente Lula e forças governistas são contra aliviar as condenações impostas pelo Poder Judiciário nesses casos.
Com as manifestações realizadas em pelo menos 10 capitais, os integrantes da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acreditam que a tramitação de propostas como a da anistia e PEC da Blindagem vão perder tração. O ex-deputado José Dirceu esteve nas manifestações em Brasília, discursou e disse que é preciso mudar o Congresso.
Pensamentos diferentes em relação ao mesmo tema vão acalorar os debates na Câmara dos Deputados, de um lado os que querem anistia geral para todos os condenados pelo STF. Por outro lado, vem os que são rigorosamente contra a anistia, porque recolocaria o ex-presidente Bolsonaro como possível adversário de Lula em 2026.
Internamente os partidos vão ter confrontos por conta da PEC, a começar pelo Solidariedade do próprio relator Paulinho da Força. A principal liderança do partido em Pernambuco é a ex-deputada Marília Arraes, ela foi pessoalmente as manifestações dizendo que é contra a PEC e anistia para quem ela considera golpista.
Não será a primeira vez que Marília vai está em campo oposto ao presidente de sua legenda, quando Paulinho anunciou rompimento com o Governo e que não votará em Lula em 2026, a neta de Miguel de Arraes se posicionou contrário e fez defesa tanto do Governo Federal quanto do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.