O Sítio Lages onde todos os anos acontece a tradicional Missa do Vaqueiro em homenagem ao herói Raimundo Jacó, pertence ao Município de Serrita que atualmente vem sendo administrado pelo Prefeito Aleudo Benedito. Raimundo Jacó nunca quis se meter com nada referente à disputa política, seu negócio era correr atrás do boi e trazer de volta para o curral. Infelizmente, quem hoje se diz defensor do seu legado não pensa assim.
A Missa do Vaqueiro nasceu de uma junção de esforços entre o Padre João Câncio e o músico Luiz Gonzaga, primo de Raimundo Jacó e sedento por justiça. O local escolhido para a celebração da Missa e consequentemente as homenagens a Raimundo Jacó, foi o ponto exato onde encontraram seu corpo com sinais de violência. Tudo que o Rei do Baião e o Padre queriam naquele momento era justiça, chamar a atenção das autoridades acerca de um crime que seria apenas mais um no sertão pernambucano.
O que se vê nos tempos atuais é lamentável, decisões com princípios de ignorância e sem nenhum respeito à memória de Raimundo Jacó. Não pelo quantitativo de Missa, seria muito bom se celebrassem: uma; duas; três; quatro; cinco e até dez Missas, o inaceitável é o motivo para essa quantidade de Missas. Na verdade este ano esqueceram Raimundo Jacó, as Missas são em homenagens ao Prefeito Aleudo e a viúva do Padre a dona Helena Câncio.
Nos dias 20 e 27 de julho deste ano no mesmo local, Sítio Lages em Serrita, acontecem duas Missas do Vaqueiro no Parque João Câncio. Dia 20 de julho a Missa será presidida pelo Bispo, Dom José Vicente. Já no dia 27 de julho, uma semana depois da primeira Missa, vem a segunda com o renomado Padre Antônio Maria. As homenagens são mais que merecidas, o vaqueiro do sertão é de fato merecedor. No entanto, todo mundo sabe o que vem motivando essa birra entre o Prefeito e dona Helena.