O Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é conhecido por ser um dos mais desafiadores exames profissionais do país. A cada edição, milhares de candidatos se preparam intensamente, mas o índice de reprovação permanece elevado. Segundo dados do próprio Conselho Federal da OAB, o percentual de aprovação nas últimas edições do exame tem ficado entre 15% e 25%, o que significa que, em média, cerca de 75% dos inscritos não conseguem obter a tão almejada aprovação.
Mas o que está por trás desses números tão alarmantes? Quais são os fatores que fazem com que tantos bacharéis em Direito tenham dificuldade em superar essa prova?
Explore as principais razões que explicam o alto índice de reprovação da OAB, abordando desde a complexidade do exame até questões estruturais no ensino jurídico no Brasil. Ainda, daremos dicas valiosas para quem está se preparando para a prova e deseja melhorar suas chances de sucesso.
Estrutura e complexidade do exame
O Exame é dividido em duas fases, ambas com desafios próprios. A 1ª fase da OAB é composta por 80 questões objetivas, abrangendo disciplinas obrigatórias do curso de Direito, como Direito Constitucional, Direito Civil, Direito Penal, entre outras. Já a 2ª fase, conhecida como prova prático-profissional, exige a elaboração de uma peça processual e a resolução de questões discursivas. A exigência de conhecimento amplo e detalhado em diversas áreas do Direito é um dos principais motivos que dificultam a aprovação.
Um aspecto importante a ser considerado é a forma como as questões são elaboradas. Diferentemente de provas tradicionais de concursos públicos, que frequentemente focam em temas decorativos ou em pegadinhas, o Exame da OAB procura testar a capacidade analítica e a aplicação prática do conhecimento jurídico. Isso exige dos candidatos não apenas memorização, mas uma compreensão profunda das matérias e a habilidade de aplicar esse conhecimento em situações reais.
Deficiências na formação acadêmica
Outro fator que contribui para o alto índice de reprovação é a qualidade do ensino jurídico no Brasil. Com a proliferação de cursos de Direito em todo o país, muitos deles carecem de estrutura adequada, professores qualificados e metodologias de ensino que realmente preparem os alunos para os desafios do mercado de trabalho e para o Exame da OAB. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) indicam que há mais de 1.300 cursos de Direito no Brasil, muitos dos quais possuem baixas taxas de aprovação no exame da Ordem.
Muitos desses cursos são criticados por oferecer uma formação teórica deficiente, com pouca ênfase em práticas jurídicas e simulações reais que ajudem a desenvolver a capacidade crítica dos alunos. Como resultado, os bacharéis acabam saindo das faculdades com lacunas significativas em seu conhecimento, o que se reflete nas elevadas taxas de reprovação.
Falta de preparação específica
É comum que muitos candidatos subestimem o desafio que é o Exame da OAB. Após cinco anos de faculdade, muitos bacharéis acreditam que o conhecimento adquirido ao longo do curso será suficiente para garantir a aprovação. No entanto, a preparação para o exame exige um estudo direcionado e estratégico, focado nas peculiaridades da prova e na resolução de questões específicas.
Muitos candidatos não possuem uma rotina de estudos adequada e não investem em materiais específicos, como cursinhos preparatórios e simulados, que são fundamentais para uma boa performance no exame. A ansiedade e o nervosismo podem influenciar negativamente o desempenho, especialmente durante a 2ª fase, onde a elaboração correta de uma peça processual pode determinar o sucesso ou fracasso na prova.
A realidade do mercado jurídico
A saturação do mercado jurídico também contribui para o alto índice de reprovação no Exame da OAB. Com a crescente oferta de cursos de Direito, o mercado de trabalho para advogados se tornou extremamente competitivo. Isso leva muitas faculdades a adotarem uma postura mercadológica, focando em atrair alunos, mas sem a devida preocupação com a qualidade da formação oferecida.
O Exame da OAB, nesse contexto, acaba funcionando como um filtro necessário para regular o ingresso de novos advogados no mercado, o que justifica a sua rigidez e alto nível de exigência. Se, por um lado, essa barreira garante que apenas os mais preparados sejam habilitados a exercer a advocacia, por outro, ela reflete a deficiência no processo formativo dos bacharéis em Direito.
Dicas para aumentar as chances de aprovação
Para aqueles que estão se preparando para o Exame da OAB e desejam evitar fazer parte das estatísticas de reprovação, algumas estratégias podem fazer a diferença:
Planejamento de estudos: Organize um cronograma realista, dividindo as matérias conforme o peso e a dificuldade. Não deixe os estudos para a última hora e dedique tempo suficiente para revisar os conteúdos mais cobrados.
Resolução de questões: Resolver provas anteriores é essencial para se familiarizar com o estilo das questões e identificar os temas mais recorrentes. Fazer simulados também pode ajudar a melhorar o tempo de resolução e a confiança para o dia da prova.
Foco nas disciplinas-chave: Algumas disciplinas, como Ética Profissional, possuem grande peso na 1ª fase da OAB e podem ser decisivas para a aprovação. Dedique atenção especial a essas áreas.
Treinamento para a 2ª fase: Caso você consiga aprovação na 1ª fase, direcione seus esforços para a prática da redação da peça processual e das questões discursivas, garantindo que você domine a estrutura exigida e saiba argumentar de forma clara e objetiva.
Cuidado com o emocional: A pressão para passar no exame é grande, e o controle emocional pode ser um fator determinante. Técnicas de relaxamento, como meditação e respiração controlada, podem ajudar a manter a calma durante a prova.
O alto índice de reprovação no Exame da OAB é resultado de uma combinação de fatores que envolvem desde a complexidade do exame até a qualidade da formação acadêmica dos bacharéis. A falta de uma preparação específica e a realidade competitiva do mercado jurídico brasileiro também contribuem para que muitos candidatos não consigam alcançar a aprovação.
Superar essa barreira exige um estudo direcionado, planejamento e, sobretudo, a compreensão de que o exame é mais do que uma simples prova teórica: ele visa avaliar a capacidade prática e a aptidão do candidato para exercer a advocacia.
Por isso, é fundamental encarar o desafio com seriedade e buscar os recursos necessários para uma preparação eficaz, aumentando assim as chances de sucesso na 1ª fase OAB e na etapa seguinte. O caminho é árduo, mas com dedicação e estratégia, é possível reverter as estatísticas e alcançar a tão sonhada carteira da OAB.
FACULDADE NOS TEMPOS ATUAIS É O MEIO PELO QUAL O GOVERNO CONSEGUE TEMPO PARA RESPIRAR QUANTO A FALTA DE EMPREGOS NO PAÍS, HOJE EM DIA TEM BACHAREL EM DIREITO TRABALHANDO NA AGRICULTURA POR É UMA ÁREA QUE TEM MAIORES OPORTUNIDADES NO PAÍS. SER BACHAREL EM DIREITO VIROU MOTIVO DE PIADA, E LOGO LOGO VAI SER O CURSO DE MEDICINA !