As uvas brancas sem semente registraram queda de preço pela terceira semana consecutiva no Vale do São Francisco (PE/BA). Desde meados de março, as cotações vinham apresentando um movimento de alta progressiva. A oferta dessa variedade era inferior à demanda, o que explica a valorização observada anteriormente.
Segundo agentes de mercado consultados pelo Hortifrúti/Cepea, o aumento da oferta contribuiu para a recente queda nos preços domésticos. Produtores afirmam que as uvas estão com boa qualidade e, nas centrais atacadistas, os comentários sobre o padrão comercial são positivos – contudo, na Ceagesp, os preços acompanharam a desvalorização do Nordeste. A dificuldade, no entanto, está em contornar a sazonalidade da demanda, devido ao clima instável e à proximidade do final do mês.
Para a variedade negra sem semente, a embalada teve um leve aumento nas cotações, devido à diminuição dos estoques, que vinham altos. Porém, esse incremento de preço ocorre em meio a uma semana intensa de colheita e embalamento, o que gerará uma maior disponibilidade de uvas nas próximas semanas, podendo resultar em retomada da desvalorização.
Relatos indicam que as videiras ainda não se recuperaram do ciclo anterior – calor intenso seguido por um período de chuvas – e o que se vê são cachos pequenos e em menores quantidades por planta. Apesar disso, a qualidade não foi afetada, embora a produtividade esperada para o período esteja inferior ao normal para a época. Nesta semana (19 a 23/08), os preços médios da branca embalada sem semente fecharam em R$ 12,71/kg, recuo de 16% frente à semana passada. Para a negra sem semente, as médias foram de R$ 9,27/kg para a embalada (+1,4%) e de R$ 4,55/kg no contentor (-15,3%).
Fonte: hfbrasil.org.br