O final de semana começou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciando o nome do senador Flavio Bolsonaro (PL-RJ) como seu ungido para disputar a presidência da República no pleito eleitoral de 2026. A semana foi turbulenta no campo da direita, por conta de embates por apoio do Bolsonarismo para o ex-ministro Ciro Gomes no Ceará.
Lula descobriu que, a partir da polarização, ele se saiu melhor que nas eleições anteriores; basta dar uma olhada para as disputas de 1989, 1994 e 1998, quando vários candidatos da oposição estavam quase que em condições de igualdade. No pleito de 2002 eram apenas o governista José Serra e o oposicionista Lula; o sindicalista levou a melhor e manteve a estratégia.
O único erro de Lula de 2002 para cá foi em 2018; mesmo estando preso e certo de que não disputaria a eleição, não abriu mão de se manter como candidato. Levou a ideia até o final e teve que lançar uma candidatura que não seria competitiva. Com isso facilitou a vida de Jair Bolsonaro, que se apresentou como o candidato das famílias e terminou derrotando Haddad.
Lula pagou com a derrota de Fernando Haddad o preço de sua arrogância, por achar que, mesmo preso na Polícia Federal, estava acima de tudo e de todos. O cenário para 2026 é o mesmo de 2018: um líder preso e com reais condições de influenciar no resultado da eleição. Bolsonaro sabe muito bem disso, por essa razão se antecipou ao anunciar o nome do filho como presidenciável.
Se os governistas já estão tranquilos quanto à candidatura de Lula, a oposição vai ter que sentar na mesa e trabalhar estratégias para o difícil confronto do ano que vem. Assim como tem os nomes de Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Junior, agora oficialmente com as bênçãos do ex-presidente Bolsonaro, tem o nome de Flavio Bolsonaro para a disputa presidencial.
Blog do Didi Galvão

